Crítica - Cemitério Maldito (2019) - Engenharia do Cinema
Sem víeis de dúvidas, “Cemitério Maldito” é uma das mais populares histórias de Stephen King. Este é conhecido por fazer diversos livros de horror, onde a principal arma dos “serial killers” é o psicológico de suas vítimas. Mas é difícil dizer qual de seus livros foram adaptados as telonas com êxito, tirando o recente “It – A Coisa” (cuja segunda parte chega em setembro aos cinemas) e os clássicos “O Iluminado” e “Carrie, a Estranha”. Em meio a onda de refilmagens que cresce cada vez mais em Hollywood, “Cemitério Maldito” é mais outro longa que ganhou uma repaginada desnecessária. Mas por que me referi com esse termo? Digamos que 30 anos não é tempo suficiente para se revisar uma história cinematográfica.
A história mostra o casal Louis (Jason Clarke) e Ranchel (Amy Seimetz), junto a seus filhos Ellie (Jeté Laurence) e Gage (interpretados pelos gêmeos Hugo e Lucas Lavoie), em uma casa de campo, deslocada da cidade. Porém, a vida deles começa a virar de cabeça pra baixo, após descobrirem que em seu lote reside um misterioso cemitério de animais.
Sob comando da dupla de diretores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer, vemos que ambos sabem trabalhar os famosos scare-jumps, pois a mixagem de som dos objetos da casa e que estão sendo manuseados em cena são muito bons. Mas, como estamos falando de um longa de horror em pleno século XXI, onde 95% de produções do gênero não funcionam mais, um remake de “Cemitério Maldito” acertaria nisso? Obviamente que NÃO! E tudo isso acaba sendo levado não como uma produção de comédia, mas como um longa dramático sobre a perda (estou falando SÉRIO).
Apesar do elenco estar operante em suas funções, o grande destaque vai para a jovem Jeté Laurence. Normalmente, em filmes assim, as crianças não são desenvolvidas de forma que o espectador embarque no psicológico dela ou até mesmo se importe com ela. E a atriz faz exatamente o oposto, conseguindo roubar a cena da metade para o fim (devido a degradação da mesma).
“Cemitério Maldito” não é o filme de horror que você estava aguardando, muito menos um ótimo exemplar de adaptação de Stephen King. Mas se seu objetivo é passar o tempo, com uma história do escritor, vale dar uma conferida.
Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.