No último dia 30, o Cine Roxy 5, sediou a pré-estreia do longa “Simonal”, que conta toda a trajetória de um dos maiores músicos brasileiros e representantes do MPB.

Para abrir a sessão estiveram presentes o filho do músico Wilson Simoninha e o diretor do filme Leonardo Domingues. O “Engenharia do Cinema” entrevistou ambos e para quem perdeu a transmissão na “Radio RVD”, segue a descrição dela abaixo:

Engenharia: Como está sendo a recepção deste filme, em uma época onde vemos longas como “Bohemian Rhapsody” e “Rocktman” dominando os cinemas?

Simoninha: É uma sensação muito bacana, a galera veio assistir e ficou muito feliz. Para mim é muito gratificante poder ver o carinho das pessoas com a trajetória do Simonal, e as ver interessadas em conhecer uma história muito única. E acho que as pessoas ainda precisam conhecer mais e preservar a sua música. Me sinto orgulhoso de participar do filme junto com meu irmão, pelo qual cuidamos da produção musical. É um filme que está maravilhoso, onde diretor Leonardo Domingues e os atores Fabrício Boliveira, Isis Valverde, fazendo um trabalho incrível.

Engenharia: Como foi o processo de escolha do Fabrício Boliveira para interpretar Simonal?

Simoninha: A escolha partiu do diretor Leonardo Domingues, e isso partiu muito do filme que ele possuía na cabeça. Então obviamente viu vários atores e ele enxergou alguma coisa no Fabrício que o agradou, e a escolha acabou rendendo um trabalho maravilhoso.

Engenharia: Agora uma pergunta com “leves” spoilers. Você fez alguma ponta no filme?

Simoninha: [risos] Não fiz, a minha participação foi apenas nos bastidores na escolha das músicas e na trilha do filme.

Um pouco depois, começamos a entrevista com o diretor Leonardo Domingues:

Engenharia: Como foi produzir este filme, nesta era onde o cinema começa a dar uma certa importância para biografias de músicos. No Brasil está para começar a ser realizada a cinebiografia da banda Charlie Brown Jr. e nós estamos tendo o longa “Simonal” abrindo com chave de ouro isso.

Leonardo: Eu tive o envolvimento com o documentário [“Simonal: Ninguém Sabe o Duro Que Dei“] onde resgatou essa história do Simonal e isso foi há 10 anos, em 2009. E nós pensamos “caramba, devemos levar essa história para um público maior!”. E essas biografias musicais me interessam muito, pois eu gosto de musicas e as do Simonal são fantásticas e ter um filme com drama e com política, embalado com essa música do Simonal é diversão certa.

Engenharia: Como foi o processo de escolha para o elenco do filme? Principalmente quando você bateu o olho no Fabrício e falou “esse vai ser meu Simonal!”?

Leonardo: O Simonal tem um brilho no olhar, um carisma e uma sedução que cativou todas as plateias por onde ele se apresentava e o Fabrício trás muito esse lado dele também. Essa simpatia que ele possui, pelo qual chega nos lugares e vai conquistando as pessoas com esse olhar, charme e sedução, se casou muito bem para interpretar o Simonal.

O filme segue em cartaz nos cinemas brasileiros. Leia nossa análise clicando aqui.