Crítica - 50% - Engenharia do Cinema

publicado em:1/09/19 3:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

Praticamente passou em branco esta excelente produção dramática, inspirada em fatos reais, que tem uma grande atuação de Joseph Gordon-Levitt (“A Travessia”), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia /Musical (não queiram entender, pois essa premiação é meio xarope. Tanto que até mesmo este filme foi parar como um dos indicados em filme desta categoria!).

Ele vive o jovem Adam, que tem uma vida normal com a namorada Ranchel (Bryce Dallas Howard, de “Jurassic World”) e com as causarias constantes com seu melhor amigo de longa data, Kyle (Seth Rogen, de “É O Fim”). Ele não bebia, fumava, muito menos usava drogas, mas ele acaba descobrindo que possui um câncer raro. Nesta hora ele começa a contar com a ajuda de ambos e começa a conhecer diversas pessoas, que lhe dão forças constantes para a peteca não cair nesta fase difícil de sua vida, pois os médicos lhe deram 50% de chances de não viver.

Imagem: Swen Filmes (Distribuição)

O que me cativou bastante nesta produção independente foi o fato de ela ser extremamente simples. Não vemos sequencias dramáticas exageradas, atuações forçadas e outras coisas que vemos em produções do estilo. Porém o principal foco do roteiro de Will Reiser, não é questão do romance de Adam, mas sim da relação dele de amizade com Kyle (mais conhecido como “Bromance”). A química de Rogen com Levitt é um dos enormes acertos da produção (levando em contas que eles são amigos na vida real, e trabalharam juntos em vários outros filmes). Assim como os colegas que fazem as sessões de quimioterapia com este, no hospital. Fora os breves momentos familiares que ele possui com sua mãe (Anjelica Huston) e seu Pai (Serge Houde), que sofre de mal de Alzheimer. Só que o principal acerto foi na dosagem que ele realizou com os personagens, onde conseguimos manter aquele timing de predileção por eles. Outros ótimos momentos, estão nele com a psicologa vivida por Anna Kendrick (“Amor Sem Escalas”), onde em cada sessão vemos o quanto ela progride profissionalmente (afinal, ela estava na ativa há pouco tempo) e o quanto a doença vai regredindo com ele em todos os sentidos (mas ele não deixa a peteca cair).

“50%” é um ótimo drama, que mostra o que o câncer pode causar na vida de uma pessoa e que na verdade serve mais para mostrar que nestas horas, poucas pessoas ficam do nosso lado.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



Post Tags

Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


Comentários



Adicionar Comentário