Crítica - Meu Nome é Dolemite - Engenharia do Cinema
Sumido há alguns anos das grandes produções e do cinema, pode-se dizer que “Meu Nome é Dolemite” é o grande retorno de Eddie Murphy aos holofotes. Digo isso, pois nos anos 80, 90 e 00, o cara realmente alegrou muitas e muitas pessoas com suas comédias pastelões. Mas muitos não sabem, é que ele começou a carreira no Stand-up, assim como seu personagem neste loga, o comediante Rudy Ray Moore.
Baseado em fatos reais, o filme tem inicio nos anos 50, quando Moore começou a se destacar como comediante stand-up, com seu humor negro. Mesmo sendo um enorme sucesso nos palcos, e de vendas com seus discos, ele nunca viu como suficiente. Então ele tem a ideia de fazer um filme de comédia, para ampliar seu público nos Eua.
Lembra do clássico “Os Picaretas’, estrelado pelo próprio Murphy e Steve Martin, no final dos anos 90? Da metade pro final, parece o mesmo tipo de longa. Na primeira parte, a narrativa mostra a dificuldade de como é se firmar como humorista stand-up, em uma sociedade repleta do politicamente correto (sim, já existia aquilo naquele tempo). Já na segunda vemos a burocracia que é para se fazer um filme, mas de uma maneira satírica (lembrando até o recente “O Artista do Desastre”).
O grande mérito desta comédia é para o próprio Murphy (que provavelmente vai levar o Globo de Ouro de Comédia, pelo papel), que entrou de cabeça literalmente no papel. Mas quem realmente acaba roubando a cena é Wesley Snipes, como o “metido” ator D’Urville (o que justifica ele repetir a parceria com Murphy em “Um Príncipe em Nova York 2”). O restante do elenco está operante, mas nada de grande destaque como os mencionados.
“Meu Nome É Dolemite” é uma divertida surpresa e um excelente retorno de Eddie Murphy as grandes produções.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.