MARVEL É CINEMA: "Vingadores - A Era de Ultron" - Engenharia do Cinema

publicado em:10/11/19 12:02 AM por: Gabriel Fernandes Críticas

Em meio as discussões de diversos cineastas de renome, sobre a Marvel fazer ou não cinema, o “Engenharia do Cinema” resolveu desenvolver o quadro “Marvel é Cinema”. O propósito será fazer uma revisão diária de pelo menos dois longas do estúdio, de “Homem de Ferro”, até o grande “Vingadores Ultimato”.

Um pouco depois de gravar o primeiro “Os Vingadores”, o diretor Joss Whedon realizou a produção independente “Muito Barulho Por Nada” (cujo um dos protagonistas é o ator Clark Greg, o Agente Coulson). Esse titulo define e muito bem a sequência daquele, “Vingadores: A Era de Ultron”.

A produção já começa com uma bem feita sequencia de ação na neve, onde os heróis do titulo estão lutando contra diversos agentes da HYDRA (organização que dominou a SHIELD em “Capitão América 2”), para enfrentar o Barão de Von Strucker (Thomas Kretschmann). Mas este não é o verdadeiro vilão da produção, pois graças a tentativa de Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner (Mark Ruffalo), em criar uma inteligência artificial que promove a paz, com base nos resíduos dos alienígenas da invasão em Nova York, eles acabam criando Ulton (voz de James Spader). Porém a invenção acaba dando errado e ele entende que para promover a paz, precisa-se primeiro extinguir a humanidade.

Então os “Vingadores” terão que se unir mais uma vez, só que agora para deter a ameaça causada por eles mesmos. Mas agora eles terão que enfrentar também os irmãos Pietro Maximoff (Aaron Taylor-Johnson) e Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), que possuem os poderes de super velocidade e da telepatia.

Imagem: Marvel (Divulgação)

Os efeitos visuais são de primeira, as sequências de ação e lutas muito bem filmadas (destaque para batalha dentre Hulk e a Hulkbuster). Só que o roteiro de autoria do próprio Whedon, tentou compensar o verdadeiro “Stand-Up” que foi o primeiro, jogando diversas sequências de ação, ao invés das tipicas piadinhas durante os 140 minutos de projeção. Mas isso realmente chega a ficar cansativo.

O roteiro explorou de uma forma breve a relação dos irmãos Maximoff, só que a péssima atuação de Johnson e Olsen, atrapalhou e muito essa narrativa. Perdidos em alguns momentos, eles apostaram nas tipicas caretas e caras sérias, para convencerem o espectador de que eles possuem uma carga dramática o verdadeiro controle da situação.O fato de Wanda possuir a mente de alguns vingadores e jogando em cena alguns de seus medos e segredos a tona, são as raras exceções que funcionam mesmo, assim como alguns breves momentos de Pietro (só pra constar, eles são filhos do Magneto da franquia “X-Men” e aqui não puderam utilizar seus nomes nesta franquia, por causa de direitos autorais), mas que não chegam aos pés de sua versão em “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”.

Imagem: Marvel (Divulgação)

Mas um fato que chegou a chamar bastante atenção, foi o “herói da vez” ser ninguém menos que o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Agora ficamos sabendo muito mais sobre o seu personagem e conhecendo mais sobre a sua vida pessoal (os arcos chegam em certo momento a lembrar um pouco o recente “Sniper Americano”, de Clint Eastwood). Não posso deixar de destacar também algumas “participações especiais” de alguns nomes do universo Marvel, como a do Falcão (Anthony Mackie), Maquina de Combate (Don Cheadle), Nicky Fury (Samuel L. Jackson), Maria Hill (Cobie Smulders) e obviamente do Pai de todos esses personagens: Stan Lee. Fora desta classificação, temos uma ponta também do conhecido colaborador de Peter Jackson, Andy Serkis (que já emprestou os movimentos para personagens como King Kong, Golum e o macaco César), como um traficante de armas em uma breve sequência.

A cena pós-créditos foi uma das mais polêmicas e discutidas hoje em dia: ela mostra Thanos (Josh Brolin), vestindo a Manopla do Infinito, alegando que “ele mesmo irá faze às coisas”. Até hoje o pessoal da Marvel, fala que esta cena acrescentou em nada.

“Vingadores: A Era de Ultron” até hoje é um dos filmes mais odiados pelos fãs da Marvel, e consegue se manter forte como um dos mais fracos, da franquia “Vingadores”.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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