MARVEL É CINEMA: "Guardiões da Galáxia Vol. 2" - Engenharia do Cinema

publicado em:13/11/19 12:03 PM por: Gabriel Fernandes Críticas

Em meio as discussões de diversos cineastas de renome, sobre a Marvel fazer ou não cinema, o “Engenharia do Cinema” resolveu desenvolver o quadro “Marvel é Cinema”. O propósito será fazer uma revisão diária de pelo menos dois longas do estúdio, de “Homem de Ferro”, até o grande “Vingadores Ultimato”.

O primeiro filme foi lançado em 2014 e surpreendeu a todos com o enorme sucesso que a produção acabou fazendo, o que alavancou a carreira do astro Chris Pratt e apresentou uma das melhores trilhas sonoras do cinema (algo que a DC falhou miseravelmente em “Esquadrão Suicida”, que acha isso necessário para salvar um péssimo roteiro). Fazer uma sequência que fosse tão boa quanto aquele, foi algo extremamente difícil. Três anos se passaram e “Guardiões da Galáxia – Vol. 2” nos apresenta uma trama com doses nostálgicas, que consegue abster o mesmo nível do seu antecessor.

Imagem: Marvel (Divulgação)

Ela tem inicio com os Guardiões, Peter Quill (Pratt), Gamorra (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Rocket (Bradley Cooper) e o agora bebê, Groot (Vin Diesel), envolvidos em uma confusão com uma federação, pela qual os faz cair em um planeta desconhecido, onde acabam conhecendo o Pai de Peter, Ego (Kurt Russell).

Assim como seu antecessor, o filme explora e muito a personalidade de cada protagonista (onde claramente, os atores estão mais a vontade nos papeis). Não devo dizer que um personagem especifico aqui rouba a cena, pois todos tem seu momento. Porém as novas adições no elenco, de Pom Klementieff (que vive a Alien, Mantis) que rende divertidos momentos com Bautista, e do próprio Russell (que carrega o peso dramático do longa, durante boa parte) foram bem escaladas. Quanto a Elizabeth Debicki, sua Ayesha não faz muita diferença na narrativa e ela ta lá basicamente pra ter mais peso no elenco (se colocassem outro personagem no local, ficaria a mesma coisa) e ser mais uma líder de uma raça, que fica puta com os Guardiões. Agora o misterioso personagem de Sylvester Stallone realmente acaba sendo uma das coisas que mais chamam atenção, mesmo ele aparecendo bem pouco (creio eu que o universo Marvel deverá aproveitá-lo em futuros longas).

Imagem: Marvel (Divulgação)

O roteiro e direção competente de James Gunn soube trabalhar bem a dosagem de quando exercer o humor, a ação, o drama e o suspense. Ele possui diversos tópicos habituais de produções de Hollywood, como o melodrama entre amigos, família e erros do passado. Poderia ter sido um porre se ele focasse ficar fazendo drama em tudo isso, só que ele brinca com esta questão sempre colocando algo pra “corta o drama” e já pular pra próxima etapa. Ele também acertou em deixar pra escanteio um pouco a “Fórmula Marvel”, deixando até o verdadeiro vilão da produção como o grande ploat-twist envolvendo Ego, e referências ao universo Marvel meio ausentes. Os efeitos visuais estão realmente impressionantes, assim como as maquiagens, que continuam sendo outro ponto forte do longa, pois atrizes como Saldana e Karen Gilliam continuam irreconhecíveis nos papéis. 

“Guardiões da Galáxia – Volume 2” consegue ser o mais pecador da “Saga do Infinito”, no quesito “cena pós-créditos”, pois aqui há cinco. Quatro delas são completamente desnecessárias e esquecíveis. A única interessante, da a entender uma futura grande participação do próprio personagem de Sylvester Stallone.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.




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