Crítica - Invasão ao Serviço Secreto - Engenharia do Cinema
A franquia “Invasão” estrelada por Gerard Butler, tem se demonstrado um enorme sucesso e uma aposta certeira da Lionsgate. Iniciada em 2013, com o longa “Invasão a Casa Branca”, a trama mostrava o ator citado interpretando o agente Mike Banning, que tinha de salvar o então Presidente dos Eua (Aaron Echart), de terroristas orientais. No segundo, “Invasão a Londres”, mais uma vez aquele teve de proteger o mesmo Presidente, durante um ataque terrorista na cidade de Londres. Já na terceira parte, agora temos um novo Presidente (Morgan Freeman), mas um enredo “um pouco diferente”.
Após o citado sofrer um atentado terrorista, o próprio Banning é acusado de ter cometido tal ato. Então este tenta provar sua inocência a todo custo. Vou me abster em entrar afundo nesta sinopse, pois a clássica história do “Fugitivo” todos já conhecemos. Principalmente o fato do roteiro “ajudar” em esconder os mistérios, sobre os culpados do tal ato.
A começo de conversa, assim como o enredo do próprio filme, agora o protagonista também está enfrentando um enorme desgaste pessoal. Vivendo a base de medicamentos, o roteiro não usa o fato como álibi para inibir o personagem de passar por mais umas dezenas de cenas de ação. Quando digo isso, é durante boa duração do longa, MESMO. Mas não espere coisas bem feitas e inovadoras, pois como a Millennium Films é uma produtora independente, seus longas não costumam possuir grandes qualidades nos efeitos visuais (todos aqui são horríveis, e beiram ao ridículo, como na última sequência).
Dirigido por Ric Roman Waugh (“O Acordo”), não hesito em dizer que este é péssimo em sua função. Em momento algum ele conseguia parar a câmera, até em conversas informais, como também insistia em ficar focando constantemente nas caras dos protagonistas. Os recursos não só cansam, como sugam muita energia do espectador, logo de inicio.
Mas alto lá, com esses fatores citados, parece que estou retratando uma grande bomba. Muito pelo contrario, o filme tem seus méritos como o ator Nick Nolte, que interpreta o Pai maluco de Banning, e rouba a cena sempre quando aparece. Além de toda a trama conseguir reter a atenção por quase duas horas, mesmo cientes de tudo que vai acontecer.
Apesar de divertir quem procura apenas cenas de ação e nada mais, “Invasão ao Serviço Secreto” é o mais fraco da trilogia. Mas em seu desfecho ainda perguntamos: será que ainda queremos mais filmes desta franquia?
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.