Crítica - Uma Segunda Chance Para Amar - Engenharia do Cinema
Paul Feig é um diretor onde em todos os seus filmes de comédia, é impossível não parar de dar risadas. Foi assim com produções como “Missão Madrinha de Casamento” e “A Espiã Que Sabia de Menos”. Mas em “Uma Segunda Chance Para Amar”, ele deixa seu território em segundo plano e opta por nos apresentar um longa mais dramático, mas sem perder o humor.
A história mostra a jovem Kate (Emila Clarke), que trabalha como duende em uma loja de produtos natalinos (sim, é uma produção natalina também). Com uma vida bastante tumultuada com relacionamentos sem compromisso, sem cumprir com suas responsabilidades e uma complicada relação com sua mãe (Emma Thompson), ela passa a reavaliar tudo quando encontra com Tom (Henry Golding).
O roteiro de autoria da própria Thompson com a estreante Bryony Kimmings, procura colocar o espectador em arcos já conhecidos do gênero. Mas isso é necessário, para nos habituarmos com o perfil de Kate, mesmo com ela possuindo um estilo que remete a própria Clarke. Não devo negar que é uma grande ironia o personagem que rouba a cena em grande parte é a vivida pela própria Thompson (é impossível você não rir com ela). Inclusive a química dela com a citada, chega a ser melhor e mais divertida do que com o próprio Golding.
Afinal de contas, qual a estratégia usada pelo roteiro, para nos interessarmos pela história? Colocar o enredo com forte embasamento da realidade, ou seja, não é um simples romance genérico (como o marketing nacional fez questão de fazer) e sim uma forte comédia dramática.
“Uma Segunda Chance Para Amar” é uma grata surpresa para este final de ano, para você que procura algo com bastante toques de realidade e reflexivos sobre aquelas “pequenas” coisas da vida, mas que fazem a diferença.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.