Já virou praxe desde 2013, quase todos os longas do diretor Peter Berg possuem o ator Mark Walhberg como protagonista. O último desta parceria que estava se mostrando muito boa, foi a bomba “22 Milhas”, em 2018. Eis que ambos fizeram seu primeiro projeto para a Netflix e consegue ser o mais divertido de todos, mesmo possuindo uma trama simples e habitual do gênero.

Bem ao estilo de produções como “Maquina Mortífera” e “Um Tira da Pesada”, baseado no livro de Robert B. Parker, “Troco em Dobro” mostra o policial Spencer (Walhberg), sendo preso durante cinco anos por má conduta. Ao sair da prisão, ele se depara com dois homicídios na sua delegacia, e ele suspeita que são muito misteriosos. Então Spencer parte em uma missão para investigá-los.

Já começo deixando claro que o roteiro de Brian Helgeland e Sean O’Keefe não procura nada além de entreter com tramas habituais. Temos um policial revoltado (Walhberg), um ajudante aleatório e que está lá mais para fazermos dar algumas risadas (Winston Duke), uma ex-namorada maluca (Iliza Shlesinger) e um mentor que é como uma espécie de Pai (Alan Arkin). Pegue estas fórmulas e temos “Troco em Dobro”. Realmente a produção deu certo e cumpre sua missão de entreter pelo talento de seus atores, que realmente convencem no contexto proposto.

Os mais desatentos não irão reparar algumas situações bastante absurdas que o roteiro cria, e que dentro do próprio contexto do filme não faz sentido. Mas elas não são escondidas por músicas, e sim pelas próprias atuações dos atores (grande parte pelo próprio Walhberg).

“Troco em Dobro” é um filme no estilo do recente “Esquadrão 6“, que através de uma trama batida consegue tirar situações que entretém quem busca se divertir por duas horas na Netflix, e nada mais além.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Critico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.