Crítica - The Circle Brasil (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:29/03/20 8:10 PM por: Gabriel Fernandes CríticasNetflixSériesTexto
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Em meio a tentar transformar a plataforma em um verdadeiro canal de entretenimento, a Netflix apresentou sua versão do “Big Brother”, rotulada de “The Circle”. Cada país onde o serviço possui um número significante de assinantes, ganhou sua versão e agora temos a brasileira. Apresentada por Giovanna Ewbank, a premissa é premiar com R$ 300 mil reais a pessoa que conseguir ser a melhor influenciador digital dentre todos os participantes.

Imagem: Netflix (Divulgação)

“Mas como assim, se está tudo gravado?” Bom, vamos lá, um grupo de pessoas com comportamentos completamente distintos, ficam presos em alguns apartamentos em um prédio na Grande São Paulo. Por lá, eles se comunicam em uma rede social rotulada de “Circle”, que só é obedecida por comandos de voz dos próprios. Através dele, foram criados os perfis (alguns deles fakes) e principalmente: a comunicação dentre os participantes (que não sabem quem são os falsos e verdadeiros) e às definições de quem são os mais populares. Quem conquista os dois primeiros lugares em cada votação, se reúnem para escolher quem será “bloqueado” (ou “eliminado” do programa, para ser mais claro).

Imagem: Netflix (Divulgação)

No total são nove participantes, e à cada episódio alguém acaba sendo eliminado. Mas a graça do programa é que ele não tem às mesmas diretrizes e brigas imbecis que o reality citado no primeiro paragrafo. Nós não vemos tretas fúteis, muito menos discussões que englobem o politicamente correto para eliminar alguém ou transformá-lo no grande “vilão” do reality. Aqui são levados tópicos como falsidade, timidez e panelinhas, para cogitar o status de influenciadores plausíveis de serem bloqueados.

Não acho necessário comentar sobre os participantes (muito menos o que vai acontecendo), pois a principal graça é você mesmo descobrir como cada um deles são. Mas digo que felizmente eles não se prendem apenas ao padrão dos outros realitys (de sempre ter um casal negro, gay, uma velha, um coitadinho e o restante são bombados e as gostosas). Todos eles possuem perfis que você consegue refletir sobre o comportamento humano, mediante o isolamento e a vontade de ser o melhor.

Com relação a apresentação de Ewbank, foi uma escolha certeira da plataforma em coloca-la, pois ela tem carisma e consegue passar confiança ao espectador como uma narradora onisciente (porque ela aparece apenas desta maneira, e apenas tem uma participação direta no último episódio).

“The Circle: Brasil” consegue divertir se você procura algum reality show que não seja no mesmo nível de “BBB” ou “A Fazenda”.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:março 30th, 2020 as 23:03


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