Crítica - Vivarium - Engenharia do Cinema
Este era o típico filme que poderia ter dado certo, se estivesse nas mãos de um cineasta como Jordan Peele (“Corra”) ou até mesmo Bong Joon-Yo (“Parasita”). Mas, infelizmente, Lorcan Finnegan passou pelo típico caso de “crise de criatividade”, durante a concepção desta trama.
Ela mostra o casal Gemma (Imogen Potts) e Tom (Jesse Eisenberg), que estão em busca de uma nova casa para morarem. Por indicações, eles acabam indo parar em um bairro com várias casas verdes exatamente iguais. Logo eles descobrem que estão presos em um labirinto e, repentinamente, encontram um bebê com um aviso “cuidem bem dele, que vocês sairão daqui”.
Apenas com essa sinopse já dá pra ter uma noção das várias possibilidades que podem ser criadas. Porém em 70% da narrativa, absolutamente NADA acontece! Pra piorar eles inventam, inexplicavelmente, colocar o bebê como uma criança de seis anos (por volta), e pensem em um personagem sem sentido algum e completamente mal explorado.
Mesmo tendo atuações boas de todos os envolvidos, é difícil você comprar um filme cuja mensagem não chega a ser reflexiva, muito menos que faça sentido (vide o recente “O Poço”).
“Vivarium” parecia ser um suspense bastante interessante, com uma trama bastante complexa. Mas a inexperiência de seu cineasta responsável foi o fator crucial pra este filme ser estupidamente ruim.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
comecaram a fazer reflexoes sobre o destino humano diante dessa nova engenharia, ao mesmo tempo invasiva e sedutora: porque sao confessionais e ate intimas – nos conhecem, nos adulam e antecipam nossos pensamentos e acoes. Uma nova forma de esquecimento, atraves do solipsismo – a sensacao de que o mundo nao existe, a nao ser nossas proprias experiencias solitarias.