Crítica - The Handmaid's Tale (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:22/04/20 9:54 AM por: Gabriel Fernandes CríticasGloboPlayStreamingTexto
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Em meados de 2017, em plena era de início das plataformas streaming o serviço Hulu (hoje propriedade da Disney) apostou alto na nova adaptação do livro de Margaret Atwood (que já havia sido adaptada como filme em 1990, sendo estrelado por Natasha Richardson e Robert Duvall), “The Handmaid’s Tale” (traduzido porcamente no Brasil como “O Conto da Aia”). O resultado: venceu diversas premiações como Emmy e Globo de Ouro nas categorias de Melhor Série Dramática e Atriz para Elizabeth Moss (cuja carreira vem alavancando cada vez mais).

Imagem: George Kraychyk/Hulu (Divulgação)

A série se passa em um futuro distópico, onde Moss interpreta a protagonista June Osborne, uma mulher que é sequestrada no início de uma ditadura e transformada em uma Aia. Estas são mulheres que funcionam como um objeto para homens poderosos, onde a principal funcionalidade é engravidarem e nada mais além.

Imagem: George Kraychyk/Hulu (Divulgação)

Desenvolvida por Bruce Miller, a série não procura estabelecer uma clareza sobre o que está realmente acontecendo logo de cara. Através de uma narração onisciente de June, vamos conhecendo alguns pontos importantes daquele universo (mas o sumiço desta, às vezes, pode causar estranheza) e deixar o espectador ciente dos fatos. Surpresas vão acontecendo no decorrer dos episódios, mas muita monotonia acontece, pois vemos a trama na perspectiva da citada (como ela mesma deixa claro em alguns momentos) e isso acaba sendo proposital.

Outro recurso muito sabiamente utilizado e de forma sutil, são os enquadramentos feitos pelos diretores dos episódios, que servem para explanar a realidade dos personagens. Vamos pegar, por exemplo, uma cena, onde duas personagens estão andando e conversando com um carrinho de bebê. Mas o enquadramento tenta esconder que elas estão sendo escoltadas e transpor aquilo como normal. Ou até mesmo em que o casal antagonista (Joseph Fiennes e Yvonne Strahovski, em excelentes atuações) está conversando em um cinema e a ideia que eles explanam acaba sendo mostrada em outro take com a câmera aberta na cena.

Já aviso de antemão que as Aias são vistas como escravas de uma maneira tão degradante em alguns momentos, que os mais sensíveis não irão conseguir ver esta série até o final. Em poucos minutos já conseguimos adentrar neste universo, devido mais a atuação de Moss, que tem se destacado como um dos grandes nomes da atuação da década.

A primeira temporada de “The Handmaid’s Tale” é realmente impactante, onde em determinadas situações, semelhanças em relação a realidade, são mera coincidência.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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