Crítica - Resgate - Engenharia do Cinema
“Foi um dos filmes mais difíceis que já fiz em toda minha carreira”, disse o ator Chris Hemsworth sobre seu novo filme “O Resgate”. Realizado pela Netflix e sendo vendido como seu terceiro grande blockbuster (após “Bright” e “Esquadrão 6”), o longa contou com roteiro de Joe Russo (responsável por “Vingadores Ultimato”) e direção de Sam Hargrave (duble de vários filmes da Marvel, assim como no próprio Ultimato). Devo confessar que apesar de um enredo bastante banal e semelhante a sucessos como “Chamas da Vingança” e “O Profissional”, este soube como ser original em sua função.
A história mostra o mercenário Tyler (Hemsworth), que é contratado para resgatar o filho de um perigoso traficante de drogas preso recentemente. Mas à medida que ele adentra na missão, vê que ela pode ser mais impossível do que parece.
Vamos começar pelos fatos, de que sim, temos uma mera homenagem aos clássicos de ação dos anos 80/90 e Chris Hemsworth não é só um ótimo ator com veia cômica, mas também possui estatura de um excelente ator casca grossa pra filmes de ação (Pra se ter uma ideia, antes dele, os atores Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis estavam sendo considerados para o papel central).
Realmente você vê o quão trabalhoso foi a concepção desta produção, só pelo simples fato de uma cena de ação na faixa dos 35 minutos, feita inteiramente em plano sequência, que corta para dentro de um carro e reveza com o ambiente que este está (comprovando a frase dita no início deste texto). Certamente o nome de Hargrave será lembrado para próximos filmes do gênero.
“Resgate” é uma divertida produção de ação, onde o único grande arrependimento foi não ser lançado nos cinemas, onde teria como apreciar melhor a enorme quantidade de efeitos sonoros e visuais.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.