Após o sucesso da animação “Klaus” (que foi indicado a diversos prêmios, inclusive ao Oscar), a Netflix parece estar começando a apostar alto na sua área de longas de animações originais. “Os Irmãos Willoughby” remete, e muito, ao estilo de “A Família Adams” (que ganhou um novo longa no último mês de outubro).

Baseado no livro de Lois Lowry, a história mostra os quatro irmãos Willoughby, que após terem sido obrigados a se “desfazerem” de um bebê órfão que foi colocado na porta da residência deles, bolam um plano para fazerem seus detestáveis e odiosos pais saírem de suas vidas. Eles conseguem, mas não imaginavam que teriam de aturar a vinda de uma Babá, que mudará suas vidas.

Apesar de ter uma história simples e, aparentemente, previsível, ela possui alguns truques que farão o espectador criar apreço pela história. Como o gato que brinca com este recurso (dublado em português por ninguém menos que o próprio Guilherme Briggs e por Rick Gervais em inglês), enquanto narra a história para o espectador.

Porém, o roteiro de Kris Pearn (que assina a direção com Cory Evans) e Mark Stanleigh, opta por usar a fórmula Disney a partir do terceiro ato da produção como uma válvula de solução para o que estava por vir. Felizmente, dentro da proposta o recurso funciona, mas não acaba inovando muito o escopo da narrativa (mesmo tendo arcos bem interessantes, que conseguirão prender tanto adultos, quanto crianças).

“Os Irmãos Willoughby” é a típica animação que conseguirá servir para os adultos e crianças, que não sabem o que assistir em conjunto pela Netflix.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.