Crítica - Mentiras Perigosas - Engenharia do Cinema
Essa é uma daquelas produções que possuem uma premissa conhecida e só ganham destaque devido ao nome da atriz que interpreta a personagem central. No caso é a atriz Camila Mendes (da série “Reverdale”), cuja Netflix centrou todo o marketing do filme em cima da própria ao invés da trama do longa. Se não fosse o nome dela, certamente teria passado despercebido.
Aqui ela interpreta a jovem Katie, que trabalha como cuidadora do idoso Leonard (Elliott Gould). Mas após ele falecer ela acaba descobrindo que se tornou herdeira de sua casa e todos os bens dentro dela. Porém ela acaba descobrindo uma caixa cheia de dinheiro no sótão, enquanto seu namorado (Jessie T. Usher) encontra um saco cheio de diamantes. É quando coisas misteriosas começam a acontecer com ambos.
A começo de conversa o roteiro de David Golden é extremamente banal e preguiçoso, a ponto de jogar nos primeiros minutos de projeção toda a solução da trama, passando a enrolar durante 90 minutos uma trama desinteressante. A direção de Michael M. Scott é outro ponto terrível, que tenta usar os recursos mais clichês do gênero suspense, para tentar criar uma atmosfera que não há (como se ninguém soubesse quem era o mocinho e vilão na história).
“Mentiras Perigosas” é um daqueles filmes que ganham notoriedade apenas por terem estreado na Netflix, e o público que está em casa de quarentena não possui uma outra opção nova de entretenimento. Se puder EVITE!
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.