Crítica - Westworld (3ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:12/05/20 9:56 AM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto
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Desde o horrendo término de “Game Of Thrones”, a HBO tenta colocar “Westworld” como seu carro chefe das séries e conteúdo original. Após um primeiro ano excelente (inclusive responsável por colocar a série como uma das melhores da história), um segundo mediano (que optou por embarcar em tramas paralelas desnecessárias, apenas para cumprir os dez episódios da temporada), temos um terceiro que também segue um pouco no ritmo da antecessora (porém com dois episódios a menos).

Imagem: Home Box Office (Divulgação)

Ela começa algum tempo depois do final da rebelião em “Westworld”, onde alguns anfitriões conseguiram fugir do local, enquanto Dolores (Evan Ranchel Wood) continua seu plano de revolução para trazer a normalidade dentre ambos os mundos, mas agora fora do parque. Ao mesmo tempo temos Bernard (Jeffrey Wright), Homem de Preto (Ed Harris) e Maeve (Thandie Newton), tentando impedir que ela cause um caos maior.

Imagem: Home Box Office (Divulgação)

Mais uma vez o roteiro tem um erro terrível na abordagem dos arcos paralelos. Enquanto temos uma trama bastante interessante e impactante no arco de Dolores, os coadjuvantes acabam optando pelos arcos mais rasos. Bernard, Homem de Preto e Maeve são um exemplo de como o enredo opta pelo caminho “mais fácil” para eles não saírem da narrativa (algo que um dos personagens indiretamente brinca em seu dialogo com a última, no segundo episódio).

O acréscimo dos atores Aaron Paul (“Breaking Bad”) e Vincent Cassel (“Jason Bourne”), nos primeiros episódios até parecem que trarão algo inovador para o enredo. Mas enquanto o primeiro parece não ter saído da persona de Jesse Pinkman (seu personagem no seriado citado, que inclusive ganha uma divertida referencia em um dos episódios), o segundo ainda sofre com o fato de sempre lhe colocarem como o “vilão malvado”.

Mas alto lá, o roteiro ainda consegue aplicar com maestria a seguinte questão o tempo todo “em qual lado devemos ficar?”, “quais deles estão certos”. Essas questões o seriado ainda consegue aplicar, além dos efeitos visuais continuarem muito bem realizados (às vezes parece que não estamos vendo apenas um seriado), assim como a fotografia (que procura colocar tonalidades diferentes quando mostra o mundo real (mais depressivas) e o próprio parque (mais vivas)).

O terceiro ano de “Westworld” planta mais dúvidas do que soluciona, e independentemente da qualidade mediana nas tramas, continua nos deixando ansiosos para o quarto ano (previsto apenas para 2023).

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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