Tendo sido adiado em seis meses, devido a uma polêmica realizada nos Eua em meio a uma chacina que ocorreu na época de seu então lançamento nos cinemas, ele foi jogado para março deste ano. Para azar da produção, foi justamente no inicio da pandemia. Jogado em um lançamento em VOD por lá, no Brasil o destino acabou sendo o mesmo (porém acabou sendo exclusivo do serviço “Sky Play”). Confusões a parte, este é um divertido longa de sobrevivência, que não ganhou o destaque que merecia.

A história começa com um grupo de desconhecidos amarrados e com várias armas em meio de uma floresta deserta. Eis que eles descobrem que estão em meio a uma batalha pela sobrevivência. Não vou adentrar nos fatos do longa, pois a principal graça da narrativa se dá ao fato das surpresas (algumas resultando em scary-jumps).

O roteiro da dupla Nick Cuse, Damon Lindelof brinca com isso durante os 20 minutos iniciais, onde não sabemos qual rumo exato a narrativa irá tomar. Se ela irá nos levar a um enredo, a um determinado tipo de personagem. Tudo é guiado pelo mistério.

Claro, a direção de Craig Zobel opta por dar mais enfase para a ação apresentada em cena, quase sempre regada a muito gore (pessoas mais sensíveis, não vão conseguir comprar o filme). Mas tudo é no sentido de diversão e satírico, nunca para o lado dramático ou chocante.

“A Caçada” é um divertido filme de sobrevivência, onde se você procura um entretenimento do gênero de ação e nada mais além disso, esta é a escolha certa.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.