Crítica - Run (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Criada por Vicky Jones e Phoebe Waller-Bridge, a série “Run” já se gaba logo de cara de ter em sua produção essa última, que na área da teledramaturgia é dona de vários prêmios como Emmy e Globo de Ouro, além de ser criadora das séries “Fleabag” e “Killing Eve”, assinou o roteiro do último filme de 007, “Sem Tempo Para Morrer” (com lançamento marcado para novembro). Por essas e outras, já é um seriado que chama atenção por este simples detalhe.
A premissa dessa minissérie de sete episódios, mostra Ruby (Merritt Wever) e Billy (Domhnall Gleeson), que namoraram durante a época de faculdade e fizeram uma promessa: assim que um sentir necessidade de ver o outro, deverá mandar uma mensagem para o celular do dito cujo apenas com a palavra “corra!” (ou “run”, no original) e eles iriam se encontrar em uma estação de trem e viajar juntos sem rumo. Isso acaba acontecendo, e eles se veem em uma situação realmente sem rumo algum.
Com episódios com cerca de 25 minutos cada, devo confessar que é uma série simples e agrada não só pelo carisma da dupla central vivida por Gleeson e Wevear, mas também pela narrativa e os desafios que lhes são propostos (alguns realmente são extremamente bizarros e inacreditáveis). Ficamos curiosos o tempo todo, sobre qual andamento a dupla optará, será no trem ou fora dele (já que acontecem diversas coisas em cada um dos episódios).
Como estamos tratando de um seriado com uma certa ênfase romântica, o roteiro se sobressai e não fica apenas na questão clichê e banal e explora mais a relação pessoal dos personagens do que o próprio romance em si (que é meio que “inexistente”, diga-se de passagem).
“Run” é aquelas minisséries agridoces, que conseguimos ver em menos de três horas, e sair com uma sensação boa em seu desfecho (ou não…).
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.