Já não era de hoje que a atriz Jessica Chastain (“A Hora Mais Escura”) demonstrava interesse em estrelar um longa de ação e seu desejo foi concretizado com este projeto comandando por sua amiga e diretora Tate Taylor (que trabalhou com ela em “Histórias Cruzadas”). Porém, um dos principais problemas desta cineasta é que ela se esquece que está guiando uma produção de ação, ao invés de uma novela das nove.

Imagem: Voltage Pictures (Divulgação)

A história gira em torno da misteriosa assassina Ava (Chastain), que após se cansar de sua profissão, resolve reaparecer na sua família depois de oito anos sumida. Porém, a atitude não agrada Simon (Colin Farrell), um dos seus chefes, e que por isso resolve mandar matarem ela (estou falando SÉRIO, essa é a desculpa pra ação rolar).

Imagem: Voltage Pictures (Divulgação)

Em meio a estas decisões estupidas e banais do roteiro de Matthew Newton, vemos que Taylor realmente não sabe comandar um filme de ação. A começar que fica claro o constante uso de dublês por Chastain (uma vez que as cenas de ação só são filmadas focando nela de costas e em seu cabelo balançando MUITO), e que em momento algum se interessamos pelo que está ocorrendo na vida dela.

Pior ainda é terem escalado atores como John Malkovich, Geena Davis e Common para fazerem absolutamente NADA neste filme. Eles aparecem em papéis tão mal escritos e desenvolvidos, que sentimos é pena deles terem se envolvido neste projeto catastrófico. Isso sem contar a personagem de Diana Silvers (da série “Space Forces”), que literalmente faz NADA no filme todo.

“Ava” é um dos piores filmes de ação do ano e uma verdadeira mancha no currículo dos atores envolvidos.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.