Sucesso na Broadway nos últimos anos, a peça “The Boys In The Band” trazia um grupo de atores do momento como Jim Parsons, Zachary Quinto e Matt Bomer, como alguns nomes do grupo de sete amigos assumidamente homossexuais que se reúnem para comemorar o aniversário de um deles, em uma noite de 1968. Até que uma visita misteriosa surge no local e começa a colocar em risco toda a situação.

Imagem: Netflix (Divulgação)

O roteiro escrito por Mart Crowley (que já havia comandado a peça original) aparentemente não poupa em desenvolver grandes detalhes para criarmos afeições com os personagens. Embora eles pareçam ser amigos de vários anos (lembrando que os atores são os mesmos da peça original), o filme não aprofunda mais em arco algum. Ele apenas joga algumas situações adversas como o personagem homofóbico (Brian Hutchison), o que possui uma paixão platônica (Bommer), o festeiro (Quinto) e por ai vai.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Durante quase às duas horas de projeção vemos apenas o grupo de amigos bebendo, contando piadas, se divertindo e aparentemente nada acontece que nos faça criar um vinculo com a situação. Embora o diretor Joe Mantello utilize o recurso de flashbacks para sancionar algumas questões, tudo aqui já vimos em outros longas metragens. Apenas à partir do penúltimo ato a narrativa começa a ganhar um pouco mais de gás, e ficamos bastante curiosos para ver o desfecho (mas ai é mais mérito das atuações, que volto a dizer, estão muito boas).

“The Boys in The Band” sofre o principal problema dos longas metragens que são adaptados de peças teatrais, onde o texto deduz que os espectadores já estão assimilados com aquele universo e não aprofunda às situações, como deveria.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.