Crítica - Enquanto Estivermos Juntos - Engenharia do Cinema
Sempre que falo sobre longa gospeis, deixo uma coisa bem clara: com orçamento reduzido e tramas voltadas mais para pessoas que não estão habituadas com cinema, não podemos exigir uma obra-prima neste gênero. “Enquanto Estivermos Juntos” se encaixa exatamente neste padrão, ou seja, caso você assista este filme procurando algo “revolucionário”, deixe sua mente com a moça do bilhete antes de entrar na sala.
A trama é inspirada na história do músico gospel Jeremy Camp, que aqui é vivido por K.J. Apa (da série “Riverdale“). Ao mudar de cidade para estudar em sua faculdade e seguir com seu sonho de ser músico, ele conhece a jovem Melissa (Britt Robertson). À medida em que ambos vão se aproximando e se apaixonando, eles descobrem que um desafio ainda maior está por vir.
Apesar do roteiro de Jon Erwin (que também assina direção com Andrew Erwin) e Jon Gunn beirar mais para o lado das frases de efeito constantes e situações já conhecidas no gênero, a direção conseguiu tirar boas atuações de Apa e Robertson (que convencem como casal e possuem ótima química em cena). Aqui não temos apenas um filme de romance, mas sim um longa sobre fé e reflexão.
Neste quesito, o longa peca um pouco, pois ele usufrui de diversas frases de efeito, com o propósito de fazerem o espectador absorver elas para além da sessão. Porém, como se trata de um longa que, honestamente, vamos esquecer totalmente dentro de uma semana, é um recurso que poderia ser descartável.
“Enquanto Estivermos Juntos” pode soar como bastante clichê, descartável e desinteressante. Mas nas situações pelas quais vivemos, e necessitamos de reflexões para às nossas vidas, é uma boa pedida.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
Parabéns pelo conteúdo deste blog, fez um ótimo
trabalho!
Gostei muito.
um grande abraço!!!