Após diversas polêmicas em torno do lançamento de “Mulher Maravilha 1984” (já que nos EUA será lançado nos cinemas e no HBO Max, em 25 de dezembro), finalmente conseguimos conferir aquele que se tornou, inesperadamente, o “lançamento de final do ano nos cinemas”. Confusões a parte, o longa chegou com a missão de ser superior ao seu antecessor e explorar mais o lado de Diana Prince (Gal Gadot) em sua vida pessoal no intervalo de tempo dentre seu primeiro filme e “Liga da Justiça” (que mostra ela nos dias atuais).

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

A história tem início em 1984 quando Diana trabalhava normalmente como uma arqueóloga respeitada e acaba recebendo um estranho artefato para ser analisado. Então ela descobre que ele pode realizar qualquer desejo que solicitarmos, o que chama atenção do empresário petrolífero Maxwell Lord (Pedro Pascal).

Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação)

Começo destacando que o roteiro soube muito bem trabalhar as personalidades de Lord e de Barbara (Kristen Wiig). Na primeira parte do longa, conhecemos suas neuras, vidas e estilos que os fazem ser personagens humanos e até eles se tornarem os vilões do filme, já ficamos bastante cientes da motivação de ambos. Eles conseguem se sair tão bem que ficamos mais interessados em seus arcos ao invés dos da Diana e do Steve Trevor (Chris Pine).

Porém, como nem tudo é as mil “maravilhas”, confesso que os efeitos visuais são um tanto que de qualidade duvidosa (já que em algumas sequências são notáveis o uso de tela verde e CGI). Não sei se a pós-produção chegou a ser afetada pela pandemia, pois o resultado final não ficou bom. Embora a cena da estrada no Egito e da batalha final, conseguirem prender e serem muito bem executadas por Jenkins (já que aparentemente usaram efeitos práticos).

“Mulher Maravilha 1984” é o filme que chegou na época certa e durante duas horas e meia, consegue prender a atenção de quaisquer espectadores que buscam uma produção escapista e de qualidade.

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte