Crítica - A Festa de Formatura - Engenharia do Cinema

publicado em:9/01/21 6:20 PM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto
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Confesso que sou fã das séries criadas por Ryan Murphy, e já falei sobre muitas delas aqui no site (vide “The Politician” e “Ratched“). Porém, em seu primeiro filme para a Netflix, lamento em dizer que ele errou completamente a mão em adaptar a peça da Broadway “The Prom” (rotulada aqui de “A Festa de Formatura“). Com uma narrativa que faz tudo terminar em música (mesmo sendo musical, cansa demais usar o recurso desta maneira), personagens que não conseguem pegar seu interesse e atores com um texto horrível, possivelmente temos aqui seu pior trabalho em anos.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história tem início com a jovem Emma (Jo Ellen Pellman) que, após ser proibida de ir com a namorada para o baile de formatura da escola, acaba chamando a atenção de um quarteto de atores em decadência (Nicole Kidman, Meryl Streep, James Corden e Andrew Rannells). Com a audiência lá em baixo, eles resolvem larga o ambiente do estrelato e irem ajudá-la.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Uma vez ouvi a seguinte frase: “você percebe se o roteiro de um filme é bom, se toda a situação não pode ser resolvida em um telefonema” e, realmente, na nossa realidade (porque acho que o filme se passa em outro universo) a situação teria se resolvido até mesmo em uma noite. Escrita por Jack Viertel, se analisada realmente a fundo vemos que o elenco realmente topou fazer o filme por conta de amizades com os envolvidos, pois nada aqui soa como natural. Tudo é meramente forçado.

Até agora estou tentando entender o sentido da personagem de Nicole Kidman ou até mesmo a constante insistência do filme decidir “trocar” o protagonismo de Pellman pelo de Meryl Streep (que interpreta uma sátira dela mesma). Isso sem contar os péssimos diálogos que são ditos por eles, que em grande maioria são frases de efeitos ou até mesmo discursos achados em páginas de redes sociais.

A Festa de Formatura” poderia ter sido o grande musical da Netflix, porém, o péssimo roteiro, má vontade de alguns atores e horrenda direção de Ryan Murphy, temos um filme que se torna um verdadeiro teste de paciência.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:janeiro 11th, 2021 as 10:54


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