Ray Fisher CONFIRMA que foi demitido de "The Flash" - Engenharia do Cinema

publicado em:14/01/21 11:32 AM por: Gabriel Fernandes CinemaNotícias

Após diversas polêmicas em torno da presença do ator Ray Fisher, intérprete de Ciborgue em “The Flash”, o próprio ator divulgou ontem no Twitter uma extensa nota oficial alegando que os constantes conflitos dele com o Presidente da DC, Walter Hanada, e sua conduta completamente antiética em defender seu amigo, o produtor Geoff Johns, foram os principais motivos de sua demissão.

Eu recebi confirmação oficial de que a Warner Bros. decidiu me remover do elenco de The Flash. Eu discordo fortemente desta decisão, mas não me surpreendo. Apesar do que havia sido noticiado, o envolvimento do Ciborgue em The Flash era muito maior do que apenas uma ponta – e embora eu lamente perder a oportunidade de levar Victor Stone de volta às telas, chamar atenção às ações de Walter Hamada se provarão muito mais importantes para o mundo. Em 30 de dezembro de 2020, eu deixei claro que não poderia, em sã consciência, participar de qualquer produção associada ao atual presidente da DC Films, Walter Hamada. As razões por trás de tal declaração eram as seguintes: 1) as tentativas de Walter de atrapalhar as investigações de Liga da Justiça para proteger seu amigo e antigo co-presidente, Geoff Johns; 2) as tentativas de Walter proteger a si mesmo disseminando mentiras sobre mim e sobre a investigação em um comunicado publicado em 4 de setembro de 2020 no TheWrap. Para constar, Walter Hamada interferir com a investigação é um problema completamente diferente da investigação em si. E enquanto Walter não foi foco da investigação, suas ações perigosas e permissivas durante o processo precisam ser denunciadas. Em 7 de julho de 2020, durante um telefonema de 57 minutos com Walter, eu pedi várias vezes para que ele levasse minhas acusações de má conduta contra Joss Whedon, Geoff Johns e Jon Berg às instâncias superiores. Ao invés de levar minhas acusações para frente como pedido, Walter descartou Joss Whedon e Jon Berg em uma tentativa de cobrir para Geoff Johns. Quando o alertei que Geoff era, na verdade, um grande contribuidor para os problemas vividos – incluindo racismo explícito –, Walter tentou, em vão, me fazer entregar os nomes das testemunhas que poderiam ser chamadas para falar sobre as acusações contra Geoff. Walter chegou a dizer que eu estava mentindo sobre determinadas acusações por causa de sua experiência pessoal trabalhando com Geoff. Walter indicou que havia sido avisado do comportamento problemático de Whedon muito antes de nossa conversa de 1º de julho de 2020. Esse aviso provavelmente veio de Geoff Johns, com quem Walter serviu como co-presidente da DC Films. Independente de como ele ficou sabendo, Walter estava ciente da legitimidade das minhas acusações contra Whedon, mas ele insistiu em minimizar e descartar a situação – dizendo que era o trabalho de um produtor ‘proteger o diretor’ e que ele estava tentando ‘superar’ qualquer coisa que tenha a ver com a Liga da Justiça de Zack Snyder. Não foi até eu brigar com Walter que ele concordou em levar minhas acusações adiante – dizendo que elas estavam ‘acima de suas capacidades’. Sabendo que ele tinha passado dos limites e que eu não tinha nenhuma intenção de desistir, Walter fez uma piada de mal gosto pedindo que eu não ‘o colocasse no Twitter por isso’. Bom, aqui estamos. Apesar dos esforços de Walter, as investigações de Liga da Justiça expuseram o comportamento racista, coercitivo, discriminatório e punitivo de Geoff Johns durante seu tempo nas afiliadas da WarnerMedia. Isso levou também ao rompimento imediato entre a WarnerMedia e Joss Whedon. Por mais que seja legalmente e financeiramente mais seguro deixar Geoff Johns sumir aos poucos, ou deixar Joss Whedon “sair” em seus próprios termos – eu não compartilho nenhuma dessas responsabilidades. As minhas responsabilidades são: 1) aqueles que se manifestaram durante as investigações de Liga da Justiça; 2) usar o pouco poder que tenho para garantir que o comportamento exibido durante as refilmagens de Liga da Justiça (e as investigações) nunca aconteçam de novo. Ninguém, em nenhuma profissão, deveria ter que brigar com seu empregador por causa de suas acusações de abuso, racismo e discriminação serem levadas para o topo da cadeia de comando. E ninguém, em nenhuma posição de liderança, deveria tentar dissuadir quem deseja fazer tais acusações de fazê-las. As ações de Walter transformaram essa narrativa de uma investigação sobre comportamento abusivo nos bastidores de um filme em 2017 em uma análise da cultura de acobertamento de Hollywood. Sua contribuição para o pronunciamento da Warner Bros. Pictures em 4 de setembro ao The Wrap foi falsa, covarde e irresponsável. Eu sigo dizendo que Walter Hamada é incapaz de ocupar uma posição de liderança – e estou disposto a me submeter a qualquer momento a um teste de polígrafo para reforçar minhas acusações contra ele. Não sei quantos casos de comportamento inadequado em sets Walter tentou encobrir no passado, mas espero que o de Liga da Justiça seja o último. E se o fim do meu tempo como Ciborgue for o preço a pagar para responsabilizarem Walter Hamada por suas ações, eu pagarei com satisfação”.

Até o presente momento, não se sabe muito sobre o filme, a não ser que ele assumirá o nome de “Flash” por causa de seu encontro com a outra versão do personagem em “Crise nas Infinitas Terras”. Além disso, o arco principal terá como base a HQ “Ponto de Ignição”, onde o personagem bagunça a linha temporal ao tentar fazer sua mãe ficar viva.

Sabemos apenas que o elenco terá Ezra Miller, Billy Crudup, Ben Affleck e Michael Keaton. A direção será de Andy Muschietti (“It – A Coisa”).

A estreia segue marcada para 03 de junho de 2022.

Leia mais sobre “The Flash” clicando aqui.

Opinião do Gabriel: Realmente essa novela está longe de acabar.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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