Crítica - Máquinas Mortais - Engenharia do Cinema

publicado em:20/01/21 3:12 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Confesso que esse longa já cheirou a fracasso financeiro desde o momento em que foi anunciado que seria lançado no final de 2018, começo de 2019 pelo mundo. Por se tratar de um universo novo, uma trama pela qual não chama muito atenção daqueles que não curtem universos medievais e afins, numa era onde 80% dos filmes sucessíveis são filmes de heróis ou sequências, “Máquinas Mortais” está apenas fazendo burburinhos em serviços streaming (já passou pelo Telecine e agora está na Amazon Prime Video), mesmo sendo uma obra escrita por ninguém menos que Peter Jackson (responsável pelas franquias “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”).

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Baseado no livro de Philip Reeve, a trama se passa séculos no futuro onde, após a “Guerra dos Sessenta Minutos”, o planeta Terra entrou em completo declínio. Para isso, algumas cidades se abrigaram em dirigíveis, pelos quais os moradores vão vagando pelo mundo em busca de recursos naturais. É quando a jovem rebelde Hester (Hera Hilmar) consegue invadir a cidade de Londres e, logo após falhar na tentativa de assassinar o Prefeito (Hugo Weaving) da mesma, acaba sendo despejada do mesmo com Tom (Robert Sheehan). Então ela começa uma busca frenética para tentar voltar ao local, e cumprir com sua missão.

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Devo dizer que um dos primórdios deste longa foi a narrativa criada pelos roteiristas Fran Walsh, Philippa Boyens e Peter Jackson, pois eles deixaram o espectador a deriva nos próprios pensamentos em grande parte do longa, para depois inserir a verdadeiro motivo de algumas atitudes, ou seja, era primeiro entregue a ação e, posteriormente, ter uma explicação de tais atitudes. Embora uma em especifico não tenha me convencido, o restante acabou sendo bem plausível dentro do contexto.

Com relação ao visual, o filme é bem feito nos efeitos visuais e na parte de mixagem e edição de som. Tudo parece imensamente real e facilmente compramos o universo criado. Com relação as atuações, Hilmar faz uma boa protagonista e mostra que combina para futuras produções de ação, sendo que ela também possui boa química com Sheehan, que chega a funcionar como alivio cômico em algumas horas. Quanto ao vilão vivido por Weaving, vemos que mais uma vez o ator não se esforça para interpretar um vilão e está no automático mais outra vez. 

“Máquinas Mortais” é uma divertida fantasia que serve como passatempo, porém, divergindo a expectativa criada em seu trailer, é um longa que, depois de alguns anos, cairá no esquecimento e enjoará nas reprises exaustivas da televisão. 

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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