Crítica - Operação Overlord - Engenharia do Cinema

publicado em:21/01/21 3:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasStreamingTelecine PlayTexto

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Originalmente concebido como um longa da franquia “Cloverfield”, mas, após o desastroso resultado de “The Cloverfield Paradox”, “Operação Overlord” acabou ganhando vida própria nas mãos do produtor J. J. Abrams. Enquanto nos outros exemplares ele realizou uma notória “homenagem” aos longas de monstros, suspenses e espaciais, o alvo agora decai em cima de produções de guerra. Pegue toda aquela essência de “O Resgate do Soldado Ryan” e “Bastardos Inglórios”, misture com doses homeopáticas da franquia “Resident Evil” e temos “Operação Overlord”. 

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

A história trata de um grupo de soldados durante a Segunda Guerra Mundial, durante o dia D, cuja missão é destruir uma torre nazista em uma parte da França. Porém, ao irem avançando na mesma, eles descobrem que o local possui vários experimentos maquiavélicos envolvendo seres humanos. 

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

O diretor Julius Avery mostra-se competente em desenvolver arcos aos quais conseguem prender a atenção do espectador a todo momento, mesmo tendo um material já utilizado em vários filmes da temática, seja através do jogo de câmeras, onde ele opta pelos cortes sigilosos acompanhando assim os passos dos personagens a todo momento, seja pelos scare jumps, que ele sabe quando jogá-los. Claro, a violência durante a narrativa não é poupada e, como se trata do prato principal, ela se mostra extremamente necessária (uma cena em especial, o auxílio desta se mostra muito útil, devido a imensa carga realista, graças ao ótimo trabalho da equipe dos efeitos visuais). 

Com relação as atuações, graças a maioria dos nomes serem desconhecidos (pode ser que você reconheça alguns pela aparência, de outros filmes, mas por nome é difícil), auxilia ao espectador se interessar mais pela personalidades deles individualmente. Os destaques vão para os personagens de Jovan Adepo e Mathilde Ollivier, pois enquanto o primeiro se mostra o verdadeiro interlocutor da trama, a segunda, mesmo tendo poucas palavras, demonstra seus sentimentos mais pelos seus gestos, e isso o espectador acaba comprando. Porém o pior personagem é o vivido por John Magaro, pois além de ter sido muito mal escrito, acaba se tornando um grande empecilho para narrativa, devido as diversas piadas foras de hora. 

“Operação Overlord” é uma divertida surpresa para quem sentia falta de conferir um longa de guerra e terror, em uma época onde ambos os gêneros estão basicamente extintos. RECOMENDO! 

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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