Crítica - Bliss: Em Busca da Felicidade - Engenharia do Cinema
Em um primeiro momento confesso que “Bliss: Em Busca da Felicidade” se assemelha como uma comédia romântica. Porém conforme a metragem desta produção estrelada por Owen Wilson e Salma Hayek avança, o sentimento de confusão, frustração ou até mesmo sobre “o que se trata este filme”, ficam a flor da pele.
Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)
A história tem inicio quando Greg (Wilson), acaba sendo demitido de seu emprego e logo em seguida seu chefe morre de forma misteriosa. Sem entender nada, e tentando superar a recente dor de um divórcio, ele conhece a misteriosa Isabel (Hayek). Vivendo em baixo de uma ponte, ela tenta lhe provar que a vida não é exatamente o que parece ser.
Imagem: Amazon Prime Video (Divulgação)
Se sentiu “confuso” com esta sinopse sobre a principal premissa do longa dirigido e escrito por Mike Cahill? Realmente foi essa sensação que o filme transpõe durante sua metragem de quase 100 minutos. Tudo realmente soa como uma bagunça, pois o roteiro mescla as premissas de “Matrix” com “Requém Para um Sonho” e nos entra um enredo que sequer tem um gênero certo. Não sabemos se é um filme de super-herói, um drama, um suspense, uma comédia, pois não há uma situação que sustente um destes.
Isso sem citar que Wilson e Hayek estão bastante canastrões no papel, cujo roteiro não facilita para ambos (que já se sobressaíram em outras situações destas). Seus personagens e trajetórias não são interessantes, e sequer conseguimos criar afeição por eles ou até mesmo pela trama paralela envolvendo os filhos do primeiro (que conta com arcos injustificáveis).
“Bliss: Em Busca da Felicidade” consegue ser um dos mais bagunçados filmes lançados pela Amazon, e uma mancha na carreira de Owen Wilson e Salma Hayek.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.