Crítica - Alma de Cowboy - Engenharia do Cinema

publicado em:30/03/21 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasFilmesNetflixTexto

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Adquirido pela Netflix durante o Festival de Toronto de 2020, o drama “Alma de Cowboy” está sendo vendido pela plataforma de streaming como o primeiro grande papel na carreira de Caleb McLaughlin (um dos astros mirins de “Stranger Thigs“). Só que apesar de também termos como protagonista o astro Idris Elba, e um arco inspirado em fatos reais, o roteiro escrito por Ricky Staub (que também assina a direção) e Dan Walser é bastante clichê e desinteressante.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história tem inicio com o adolescente rebelde Cole (McLaughlin), que após se envolver em uma briga na escola, é levado por sua mãe para morar com seu Pai (Elba) que mora em outra cidade e é bastante distante dele. No local ele acaba não só tendo vários conflitos com este, como também acaba passando por várias situações que servirão como reflexo em sua vida que vão desde as más companhias como Smush (Jharrel Jerome) e o fato de seu Pai ser um dos Cowboys daquela região.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Temos aqui mais um enredo que mostra uma história já apresentada quase que toda semana no cinema, e aos quais não procura inovar ou até mesmo trazer sua marca. Se você for menos exigente, vai até embarcar facilmente na história depois do terceiro arco (já que os dois primeiros são bastante arrastados, e chegam a dar sono). Porém estamos falando de um roteiro dramático bastante clichê e que suga ao máximo do que pode para falar que Elba e McLaughlin são bons atores dramáticos e possuem uma ótima química (o que chega a ser verdade, mas o texto não tenta ser natural nisso).

Apesar de alguns personagens serem bem explorados e humanizados como Smush e Rome (Byron Bowers), a trama acerta em colocar o quão eles são um muro na vida de Cole. Realmente o recheio da trama é salvo por este quesito, mas ainda em contexto geral estamos falando de uma grande bomba.

Alma de Cowboy” é sem viés de dúvidas um trabalho bastante fraco na filmografia de Elba, e um desespero para mostrar o talento dramático de McLaughlin (que está melhor na série “Stranger Things“).

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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