Crítica - Loki (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema
Após o personagem Loki (Tom Hiddleston) ter desaparecido com o Tesseract em “Vingadores Ultimato“, todos se perguntaram onde ele iria parar. Em sua primeira série (e produção como protagonista), vemos não só o que aconteceu com ele, como também as “consequências” de algumas atitudes suas durante toda sua trajetória no UCM. Com um estilo bastante divergente das séries antecessoras da Marvel, “WandaVision” e “Falcão e o Soldado Invernal“, “Loki” facilmente consegue ter sua imagem própria e nos faz se aproximar ainda mais do personagem, graças ao carisma de Hiddleston e o roteiro.
Imagem: Marvel (Divulgação)
Na trama Loki acaba sendo levado para a TVA, um local onde a principal função é cuidar do tempo e evitar que catástrofes ou coisas piores aconteçam com todo o universo. Tratado como uma “Variante”, ele é escalado por Mobius (Owen Wilson) para ajudar a caçar um ser misterioso, que vem tentando causar o desequilíbrio temporal.
Imagem: Marvel (Divulgação)
Começo destacando que esta não é uma série que agradará aqueles que buscam uma trama repleta de ação ou situações marcantes, pois temos aqui um enredo cujo propósito é estabelecer um contexto preparatório para as próximas produções da Marvel. Apesar de Hiddleston ter uma interpretação que mais uma vez nos faz gostarmos ainda mais de seu personagem, sua cena é roubada por Sophia Di Martino que interpreta a misteriosa Syvie. Ela consegue captar um carinho enorme do espectador à medida que sua trama vai ganhando forma e logo somos conquistados pela mesma (inclusive torcemos para que ela consiga ficar com Loki).
Já no restante do elenco, temos excelentes participações de Wilson (cuja persona às vezes chega a nos intrigar), Gugu Mbatha-Raw (Ravonna Renslayer, uma excelente antagonista) e do veterano Richard E. Grant (que rouba a cena como o Loki Clássico, em um dos episódios). Há um sentido e motivação para eles estarem na trama também, e não soam como mero fã service ou até mesmo easter-eggs da diretora Kate Herron. Isso ela opta por fazer de maneira sutil, como a fotografia de Autumn Durald ter uma tonalidade que representa cada cor da joia do infinito, em todos os seis episódios (uma jogada genial, inclusive). Ela também aproveita a situação de “diferentes universos” pelos quais a série se passa e constantemente referencia clássicos programas como “Star Trek” e “Perdidos no Espaço” (como no episódio que se passa no planeta Lamentis).
“Loki” acaba terminando como mais uma ótima série da Marvel, onde em seu desfecho vemos o quão será obrigatório vermos esta série para entendermos os próximos rumos tomados por Kevin Feige no fantástico UCM.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.