Crítica - Free Guy: Assumindo o Controle - Engenharia do Cinema

publicado em:21/08/21 4:28 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Digamos que este é o um dos últimos filmes que sofreu grandes adiamentos em sua estreia, devido a pandemia do coronavírus. Com o trailer oficial sendo lançado na última CCXP, em 2019, a produção estrelada por Ryan Reynolds foi adiada durante quase 13 meses até sua estreia mundial exclusivamente nos cinemas, agora em agosto. Desde então, “Free Guy: Assumindo o Controle” conseguiu chamar atenção de muitos por conta de seu estilo remetendo ao sucedido game “Grand Theft Auto” e o clássico de John Carpenter, “Eles Vivem“.

Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)

A produção mostra o pacato Guy (Reynolds), que trabalha como funcionário de um banco e passa a questionar o motivo da sua rotina ser sempre a mesma e por que isso nunca mudou. Mas após conhecer a misteriosa Molotovgirl (Jodie Comer), ele descobre que o universo que ele vive é um jogo de vídeo-game mundialmente famoso.

Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)

Começo destacando que o roteiro de Matt Lieberman e Zak Penn está ciente do potencial da sua temática em mãos, e por isso exploram ao máximo todas as possibilidades que o assunto lhes propõem. Desde diversas piadas usando o timing cômico de Reynolds e do próprio Taika Waititi (que está excelente como o vilão da produção), sem citar diversas referências à cultura pop e cinematográfica (pelas quais algumas chegam a arrancar gargalhadas, por conta da execução inesperada).

Como estamos falando de uma produção que também extrapola ao demonstrar esse tópico, há algumas críticas bastante ácidas de como a nossa sociedade está ficando imbecilizada diante da determinada dependência tecnológica, fazendo às vezes não se tocarmos de o quão estúpidos estamos ficando (um claro exemplo é o ego do personagem de Waititi, que comete atos esdrúxulos sem parar para analisar o que está fazendo).

Com relação a estética do filme, não hesito em dizer que até podemos ver ele figurar entre os indicados a efeitos visuais no Oscar 2022, pois eles são bem executados e realmente convence demais que estamos vivenciando um universo dentro de um game. A sensação é tão gostosa, que inclusive dá uma vontade tremenda de jogar qualquer game no término de sua exibição, apenas pelo prazer. E isso também é mérito do próprio diretor Shawn Levy (que já nos brindou com os ótimos clássicos “Uma Noite No Museu”, “Gigantes de Aço” e até mesmo “Doze é Demais”), que sabe passar estas mensagens facilmente em quaisquer filmes que estão sob seu comando.

Free Guy: Assumindo o Controle” é uma grata surpresa que consegue mesclar com maestria o universo do cinema e games, e só vinga o rótulo de grande comediante e ator de ação que é Ryan Reynolds.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 19th, 2021 as 10:31


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