Revisando "A Noite das Brincadeiras Mortais" - Engenharia do Cinema
Lançado em 1986, “A Noite das Brincadeiras Mortais” foi um daqueles filmes que de início não fez tanto chabu, mas foi ganhando o status de Cult conforme os anos foram passando. Dirigido por Fred Walton (“Quando Um Estranho Chama“) e escrito por Danilo Bach (“Um Tira da Pesada“), temos uma produção que notoriamente o diretor leva o projeto a sério, mas o roteiro claramente não. E por causa disso, os mais cinéfilos e atentos às técnicas de direção, repararam neste detalhe (e vários outros que irei citar neste texto) e acabam tendo um carinho pela produção até hoje.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
A história gira em torno de um grupo de amigos, que durante o final de semana do dia da mentira, resolvem passar uma estadia em uma casa de uma amiga deles, localizada em uma ilha remota. Porém estranhos acontecimentos começam a acontecer, e eles acabam sendo mortos um a um.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
Facilmente podemos dizer que nos anos 80, o cinema slasher adaptou várias datas comemorativas para o seu gênero. “Halloween”, “Sexta-Feira 13”, “Dia de Formatura”, “Dia dos Namorados Macabro” e este “A Noite das Brincadeiras Mortais”. Só que com menos sangue que os citados, o longa de Walton apela pelo lado cômico para sua abordagem. Seja na cena do acidente do barco (com uma vítima tendo metade do rosto desfigurado, onde o ator teve uma maquiagem hilariante) ou até mesmo onde uma das personagens cai em um poço e há várias partes dos corpos de pessoas no local. O riso se torna iminente, por conta do jeito precário pelo qual as coisas são mostradas (já que o orçamento foi bastante pequeno).
Isso tudo fica ainda mais engraçado, pois todos os atores presentes são canastrões. Não temos nenhum astro ou até mesmo alguém que trabalhe naturalmente às reações em cena. Tudo é caricato, forçado e gritante. E nesta hora se aplica a frase “é tão ruim, que chega a ser bom”, porém este quesito acaba tendo uma explicação bastante plausível nos minutos finais do longa (não vou citar, pois deduzo que provavelmente você ainda verá este filme). Ela não só funciona, como também rende boas risadas.
“A Noite das Brincadeiras Mortais” acaba divertindo bastante os fãs do cinema slahser e aqueles que procuram algo “diferente” para conferir sem compromisso.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.