Crítica - Chucky: A Série (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:20/12/21 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasStar+StreamingTexto

Já não é novidade que a franquia “Brinquedo Assassino” havia caído e muito a qualidade de seus últimos filmes, especialmente o recente reboot (que funciona mais como comédia, que um filme de horror). Com propósito de “reaver” a imagem do boneco Chucky, “Chucky: A Série” tenta pegar a essência do original (que foi um enorme sucesso nos anos 80 e 90) e transpor em oito episódio tudo aquilo que queríamos ver: terror com um humor negro de primeira. E confesso que eles finalmente conseguiram isso.

Imagem: SyFy/USA Network (Divulgação)

A história mostra o tímido adolescente Jake Wheeler (Zackary Arthur), que após adquirir um boneco em uma venda de garagem, para colocar em sua obra de arte, acaba descobrindo que o mesmo se trata do famoso serial-killer Chucky (ainda dublado no original por Brad Dourif, e em português por Guilherme Briggs). Então o mesmo volta a espalhar sua onda de terror, com várias mortes e sempre fazendo Jake se tornar o principal suspeito.

Imagem: SyFy/USA Network (Divulgação)

Com episódios com duração em torno de 50 minutos cada, em cada um deles vemos que cada vez mais o programa tenta mostrar a origem do mesmo (lembrando que o criador da franquia, Don Mancini, está envolvido com o programa como showrunner e diretor do piloto) e explorar o perfil de todos os seus personagens coadjuvantes, antes de executar determinadas ações com os mesmos. Desde os tios de Jake, Logan (Devon Sawa) e Bree (Lexa Doig), até mesmo colegas de escola do mesmo, como Lexy (Alyvia Alyn Lind) e Devon (Bjorgvin Arnarson). Tudo é bem conduzido e nos capta o interesse, assim como a abordagem de Jake, cujo ator Zackary Arthur consegue transpor um trabalho considerável dentro do que lhe é proposto.

Já quando voltamos a origem de Chucky, na época que ele estava no corpo do icônico assassino Charles Lee Ray (vivido pela filha do intérprete original do mesmo, Fiona Dourif, que é encoberta com um excelente trabalho de maquiagem), a pegada da série fica mais voltada ao terror e o gore rola ainda mais solto. Mas sempre com uma pegada cartunesca, aos quais acabam fazendo a produção voltar ao estilo cômico. É nesta hora que compreendemos o talento de Fiona e da veterana Jennifer Tilly (que volta a viver a assassina e namorada de Chucky, Tiffany).    

Chucky: A Série” acaba não só resgatando a qualidade original dos filmes da franquia “Brinquedo Assassino“, como também abre um leque enorme para continuar com mais arcos envolvendo o boneco Chucky. Que venha a segunda temporada!

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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