Crítica - Sing 2 - Engenharia do Cinema
Após o tremendo sucesso que “Sing” fez em 2016, era bastante óbvio que a Universal Pictures iria solicitar que o cineasta Garth Jennings (“O Guia do Mochileiro das Galáxias“) fizesse uma continuação. Só que mesmo sendo afetada pela pandemia, vemos que o grupo de animais cantores consegue entreter mesmo com uma história bastante simples e regada de canções famosas (pelas quais felizmente não foram dubladas para o português, na versão dublada).
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
A história mostra o grupo de animais comandados por Buster, apresentando uma peça musical de “Alice no País das Maravilhas“, que não acaba agradando uma das mais renomadas críticas do setor. Mesmo confiante que ainda pode conseguir se apresentar no teatro do temido empresário Crystal, ele consegue convencê-lo que não só fará um show inesquecível em três semanas, como também terá a presença do renomado músico Clay Calloway.
Imagem: Universal Pictures (Divulgação)
Começo enfatizando que conferi esta animação na versão dublada (devido a legendada estar inacessível nos cinemas), e apesar do trabalho estar bem realizado em sua grande maioria, é perceptível (dependendo da qualidade acústica do cinema ou formato que você conferir ao longa) que o cantor Fábio Jr. realizou seu trabalho de forma remota ou houve algum problema com sua voz (já que ela possui um determinado eco e não conseguia casar com uma dublagem de animação). Isso não prejudica a experiência (por seu personagem aparecer de forma breve), mas era algo que poderia ter sido evitado no processo.
Com relação ao enredo em si, não existe um protagonista ou personagem de destaque nesta trama. Ela em si foca apenas no conjunto de todos aqueles que estão envolvidos na peça. Apesar de alguns atores refletirem totalmente aos personagens aos quais eles dão voz (como o próprio Buster ser totalmente o ator Matthew McConaughey e Scarlett Johansson ser a porca espinho Ash). Dentro da premissa feita pelo roteiro, isso é totalmente plausível. Porém no contexto não acabamos criando uma certa empatia pelo motivo de tudo estar sendo feito.
“Sing 2” acaba sendo uma divertida pedida para as crianças e adultos que gostam de musicais, e principalmente as canções que vem fazendo vários sucessos na cultura pop.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.