Crítica - X - Engenharia do Cinema
Realmente, quando vemos o selo da produtora A24 estampar algum filme, certamente é algo de qualidade. “X” se encaixa neste padrão e facilmente podemos classificar como uma reinvenção do gênero slasher, pois em uma era onde temos longas tenebrosos como “O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface“, o cineasta Ti West sabe às diversas criatividades que podem ser exploradas.
Imagem: A24 (Divulgação)
A história se passa em 1979, onde um grupo parte para um local isolado para a gravação de um longa pornô. Só que eles não imaginavam que iriam se deparar com uma situação macabra e inusitada. Sim, não irei adentrar em spoilers, pois a principal graça nesta produção é reconhecer o quão original foi essa jogada (além do choque da situação toda).
Imagem: A24 (Divulgação)
West realmente consegue nos apresentar dois arcos distintos nesta produção, pelos quais em um primeiro momento ele sabe trabalhar de forma satírica a situação do porno, mas sem entrar em uma mera pornochanchada, já que estamos falando de uma produção onde o sexo é literalmente um carácter coadjuvante. E o mesmo pode-se dizer dos protagonistas vividos por Mia Goth, Jenna Ortega, Brittany Snow, Martin Henderson, Owen Campbell e Kid Cudi. Todos atuam como em um filme pornográfico: de forma canastrona, e cientes do que o público realmente quer.
Enquanto no segundo momento, acabamos parando em um cenário totalmente macabro, com boas cenas de suspense e tensão (embora estejamos cientes do desfecho de algumas). Sangue e mortes bizarras, realmente não faltam aqui. Por isso, já adianto que os mais sensíveis devem passar longe deste filme.
“X” acaba sendo uma verdadeira renovação do gênero de slasher, além de ser uma das produções mais divertidas do gênero.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.