Crítica - Jackass Para Sempre - Engenharia do Cinema
Desde 2014, quando foi lançado “Vovô Sem Vergonha“, a trupe do Jackass não dava as caras em nenhuma outra produção para os cinemas. Com muitos deles chegando à meia-idade, era uma ótima oportunidade para eles mostrarem que ainda tem condições para exercerem as suas famosas pegadinhas arriscadas (onde quase sempre eles se machucam seriamente). E é nesta premissa que temos “Jackass Para Sempre“.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
Realmente este é um filme composto de várias esquetes de pegadinhas distintas, ou seja, não tem um roteiro ou trama concreta. Aqui o intuito é apenas rir de várias cenas absurdas e malucas feitas por Johnny Knoxville, Steve-O, Chris Pontius, Dave England, Ehren McGhehey, Jason ‘Wee Man’ Acuña, Preston Lacy e muitos outros.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
Confesso que analisar este tipo de filme é algo complexo, pois depende do gosto peculiar da pessoa para gostar deste tipo de entretenimento, que fez bastante sucesso nos anos 2000 (inclusive é a principal referência para programas como “Pânico na TV“). Neste quarto filme, em uma era de CGI e truques de cinema sendo elevados a outros níveis, é perceptível que foram utilizados vários destes recursos para os próprios não se machucarem como antes (vide a cena envolvendo abelhas na manjuba de um dos nomes citados).
Porém, é nítido que as brincadeiras foram amenizadas e até mesmo “repetidas” de várias outras esquetes do programa, e a mensagem que fica nisso é apenas “olha, estamos com uma idade avançada, mas ainda podemos repetir essa dose”. Pros fãs, isso pode ser triste e até mesmo alguns podem não aprovar esta desculpa (embora ela não seja dita, mas sim mostrada).
“Jackass Para Sempre” é um divertido resgate da icônica franquia, mas não é um exemplar que fará você se tornar fã da mesma.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.