Crítica - Top Gun: Maverick - Engenharia do Cinema
Este sem dúvidas é um dos filmes mais aguardados, nos últimos anos. Mesmo tendo suas gravações concluídas em 2019, “Top Gun: Maverick” teve uma complexa pós-produção e foi jogado para 2020. Mas a situação global acabou fazendo o longa estrelado por Tom Cruise ser jogado para este ano de 2022, exatamente 36 anos depois da estreia do original. Honestamente, este não era o exemplo de qualidade (afinal, além de Cruise estar em seu começo de carreira, o mesmo podia se dizer de um então desconhecido diretor Tony Scott) e se conquistou no coração dos espectadores graças às constantes reprises televisivas.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
A história tem início com Maverick (Cruise) vivendo como um verdadeiro lobo solitário, e após conseguir mostrar seus talentos como piloto para um novo comandante (que acreditava no fato dos drones serem melhores que os pilotos reais), acaba sendo encarregado de ressuscitar uma nova equipe no programa de pilotos “Top Gun“. Apesar de não querer fazer isso, ele se vê obrigado a entrar como professor destes e realizar uma operação para acabar com mísseis russos.
Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)
Certamente este era um filme que foi feito para todos os espectadores que estavam com saudades do estilo “brucutu” , nos cinemas. Seja pelo fato de Cruise realizar manobras arriscadas sem dublês, não ligar para consequências de seus atos, até mesmo não deixou sua persona se render a pensamentos depressivos e que façam ser um mero carácter em “desconstrução” (como muitos filmes recentes tem feito, e os resultados não estão sendo satisfatórios). Ele realmente deu um tiro de doze em longas como “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” e “Matrix Ressurrections” (que serviram para estragar as figuras dos seus protagonistas), e nos faz ter uma sensação gostosa de acompanhar a sua trajetória depois de um enorme hiato.
As cenas de ação conduzidas por Joseph Kosinski (que já trabalhou com Cruise em “Oblivion“) realmente impressionam, pois o aspecto de captação das cenas dos caças e a tamanha atmosfera que ele cria (inclusive são bastante notadas quando você confere ao mesmo em uma sala com tecnologia IMAX) consegue prender a atenção do espectador à todo momento (fazendo as duas horas de duração, não serem sentidas). Vale destacar que os efeitos visuais apelaram para o CGI apenas em tomadas necessárias, e todos estes foram feitos de forma prática (outra coisa que está ficando extinta no cinema).
Com relação a retratação do elenco nesta narrativa, eles são aplicados da devida forma. Embora nomes como Jennifer Connelly, Jon Hamm, Ed Harris estejam em papéis secundários (que funcionam dentro da proposta), a menção especial fica por conta da aparição de Val Kilmer (cuja homenagem poderá emocionar a muitos, mas não entrarei em território de spoilers). Já Cruise consegue ter um ótimo contratempo com Miles Teller (pelo qual depois de “Whiplash“, tem conquistado ótimos papéis), que consegue até mesmo se assemelhar com o ator Anthony Edwards (intérprete de seu Pai, Goose no original)
“Top Gun: Maverick” certamente é um dos melhores filmes já realizados nos últimos anos, e mostra que para se fazer um bom filme de ação e aventura, não se deve apelar para o politicamente correto.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
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