Crítica - Resident Evil: A Série (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:12/07/22 6:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasNetflixSériesTexto

Desde quando foi anunciada pela Netflix em meados de 2020, “Resident Evil: A Série” se mostrava como uma “revitalização da franquia” no universo cinematográfico, após seis filmes que não deram certo (apesar de o último reboot, lançado em dezembro, também ter sido anunciado na mesma época). Tendo como protagonista a atriz Ella Balinska (“As Panteras“), o enredo não se assemelha com absolutamente nada que nos foi apresentado anteriormente. Só que isso não significa que o enredo será compatível com o que vimos nos consoles.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história se passa em dois momentos, quando Jade (Tamara Smart), sua irmã gêmea Billie (Siena Agudong) e Pai (Lance Reddick) vão morar no condomínio Raccon City, em pleno ano de 2022. Com estes sendo um renomado e importante cientista da Umbrella Corporation (empresa responsável por todos na cidade citada), acompanhamos o mesmo tentando conciliar sua agenda com suas filhas. Ao mesmo tempo, a narrativa é intercalada para meados de 2036, agora com Jade (Balinska) tentando sobreviver em um universo pós-apocalíptico.

Imagem: Netflix (Divulgação)

O episódio piloto possui uma metragem de 60 minutos, e não precisamos conferir 10% deste para ver o quão amadora e perdida estava a produção deste programa (já que foram seis roteiristas, que parecem nunca terem jogado nada da franquia). A começar que as linhas de diálogo parecem ter sido tiradas de um filme C, e os atores contratados diretamente dos últimos anos de Malhação. Balinska também não é uma boa atriz, e quando ela precisa ser mais dramática, não consegue nem prender a atenção do zumbi mais distraído da figuração.

Isso sem citar que nos primeiros minutos do mesmo episódio, onde ao invés da diretora Bronwen Hughes (que já dirigiu um episódio de “Breaking Bad“) fazer um foco na relação entre Billie e seu Pai, ele opta por fazer um enquadramento em posters pró-veganismo da personagem (algo que é irrelevante pra própria trama). Não preciso dizer, qual é o verdadeiro “foco” nesta atração. Quando tudo não parecia ter piorado, a trilha sonora de Gregory Reveret, faz o favor de jogar tonalidades para nos explicar o óbvio (acordes padrões para suspense, susto, imprevistos e até mesmo flashbacks).

Outro fator totalmente fora da caixinha, é que a todo momento não parece estarmos vendo uma produção do selo “Resident Evil” e sim mais uma produção C sobre zumbis e monstros (poderia ser até um spin-off de “Army of the Dead“). Não existem zumbis assustadores, muito menos monstros como Mr. X (que causou um inferno em quem jogava o segundo game), e sim infectados que parecem ter saído da cracolândia e um monstro que mais se assemelha a uma minhoca colorida por crianças, na escolinha.

Resident Evil: A Série” mostra que realmente este é um game que deverá permanecer nos consoles e jamais sair de lá, para virar mais uma série insignificante e chula.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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