Crítica - Amsterdam - Engenharia do Cinema
O cineasta David O. Russell (“Trapaça”) é sem dúvidas um dos únicos nomes que consegue ter o elenco dos sonhos, em seus filmes. Em “Amsterdam” o mesmo pode ser dito, já que temos um projeto estrelado por Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Robert De Niro, Chris Rock, Anya Taylor-Joy, Mike Myers, Michael Shannon, Taylor Swift, Timothy Olyphant, Zoe Saldana, Rami Malek, Alessandro Nivola e Andrea Riseborough. Confesso que quando temos uma quantidade gigante de nomes grandes em um filme, a sensação é de que temos uma bomba. Só que felizmente, Russell utilizou um recurso plausível para não fazer o espectador se perder nesta história (que por si só, é mais complexa do que imaginamos).
Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)
A história se passa na década de 30, quando os veteranos da Primeira Guerra e amigos de longa data Burt Berendsen (Bale) e Harold Woodman (Washington), são contratados por Liz Meekins (Swift) para investigar a misteriosa morte de seu Pai, o General Bill Meekins (Ed Begley Jr.). Mas após os dois primeiros presenciarem um assassinato, descobrem que se envolveram em algo muito mais complexo do que imaginavam.
Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)
Durante seus quase 130 minutos de projeção, o longa procura estabelecer várias situações e arcos que englobam sempre a dupla de protagonistas. Com fatos verídicos, misturados com fictícios (que o próprio filme deixa claro, nos minutos iniciais), há uma imensa quantidade de informações e personagens que são apresentados durante boa parte da projeção.
E ciente disto, Russell utiliza o elenco citado como uma arma para “guardarmos” seus papéis na trama. Embora alguns destes façam personagens habituais em suas filmografias como Robbie (Arlequina), De Niro (o militar veterano), Malek (Freddie Mercury), Myers (o estereótipo de Austin Powers), Rock (o icônico humorista stand-up), Riseborough (a esposa/namorada do protagonista) e até mesmo o próprio Bale (que referência seu icônico papel em “Trapaça”, trocando a peruca pelo olho falso). Dentro do roteiro, isso acaba funcionando. Porém, já faço um adendo que é um longa com mais diálogos, ao invés de ação, ou seja, se você não gosta desta pegada, evite ao máximo este filme.
Como estamos falando de um filme de época, é nítido o imenso cuidado e trabalho que o próprio cineasta teve em conduzir sua trama como se fosse concebida naquela época. Vide o segundo ato, que há um longo flashback, que é guiado como um projeto dos anos 40/50 (que normalmente faziam isso, ao contarem histórias românticas e mais sérias). Mérito também da equipe de figurino, design de produção e até mesmo maquiagem/cabelo (que inclusive devem ser indicadas ao Oscar), que deixam mais nítidas esta sensação.
“Amsterdam” acaba sendo um recorte interessante da história, e consegue entreter aqueles que buscam fatos históricos no universo militar, pelos quais raramente são citados no cinema.
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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.
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