Crítica - Tulsa King (1ª Temporada) - Engenharia do Cinema

publicado em:14/02/23 10:00 AM por: Gabriel Fernandes CríticasParamount+StreamingTexto

Só de ter o nome de Sylvester Stallone envolvido em alguma produção, já é sinônimo de sucesso (independentemente da qualidade). Em mais um acerto em sua plataforma, a Paramount+ resolveu colocar o astro envolvido em sua primeira série como protagonista, e justamente na pele de um mafioso (lembrando que ele chegou a ser cotado como um dos filhos de Don Corleoni, em “O Poderoso Chefão”). “Tulsa King” mostra o cenário conhecido dos filmes de máfia, mas se passando nos dias atuais. 

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Após ter ficado 25 anos atrás das grades, o mafioso Dwight ‘The General’ Manfredi (Stallone) volta para sua cidade e descobre que seu superior lhe afirmou que “como se passou muito tempo e as coisas mudaram”, não havia mais um espaço para ele naquela região e que teria de fazer a sua própria, em Tulsa, totalmente do zero. Só que à medida que Dwight vai construindo sua gangue, vai notando coisas mais complexas surgindo.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

Criada pelo cineasta Taylor Sheridan (“A Qualquer Custo“), a atração tem como plano de fundo aproveitar o carisma e presença do próprio Stallone, para conseguir passar aquele ar de confiança para quem está com ele e medo para os que lhe estão devendo. Essa primeira temporada é dividida em nove episódios, que certamente irão conquistar o espectador não só pelo fator citado, mas como ele se preocupa em dosar e apresentar seus coadjuvantes de diferentes maneiras.

Seja detalhando a vida pessoal de algum deles, como o motorista de Dwight, Tyson (Jay Will) e do primeiro “cliente” que ele consegue em Tulsa, o traficante “legal” Bodhi (Martin Starr). Mas como toda boa história de Máfia, há sim um arco envolvendo os dramas pessoais da antiga gangue daquele (que ainda deixou várias pontas soltas, para uma possível segunda temporada) e como isso afetou a própria vida pessoal de Dwight, assim como sua relação com sua filha.

Outro acerto da produção é saber dosar os momentos de ação (com destaque para o divertido arco de perseguição no exame da auto-escola), comédia (que são bem breves) e dramáticos (que possivelmente poderá render uma indicação ao Emmy, para Stallone). Para este tipo de história, é necessário deixar o espectador absorver exatamente tudo que está sendo retratado, antes de partir para outras situações (algo que os diretores e roteiristas já perceberam).

A primeira temporada de “Tulsa King” termina com um gostinho de que realmente Stallone se mostra um grande nome também nas telinhas.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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