Crítica - Homem-Aranha: Através do Aranhaverso - Engenharia do Cinema
“Homem-Aranha no Aranhaverso” conseguiu ser uma das melhores animações dos últimos anos, e trouxe o primeiro Oscar de longa animado para a Sony Pictures/Marvel, em 2019. Muito se aguardou da continuação, rotulada como “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” (inclusive este é o primeiro de uma produção dividida em duas partes, pela qual a próxima rotulada de “Spider-Man: Beyond the Spider-Verse“, chegará em 28 de março de 2024) e até algumas semanas o estúdio não estava tendo um marketing plausível para o lançamento (como foi com o antecessor).
Felizmente, estamos falando de mais uma divertida produção do selo, que não apenas cumpre o que promete, como também serve para homenagear ainda mais todo o legado do personagem, de diversas maneiras.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Após os eventos mostrados no primeiro filme, Miles Morales tenta conciliar sua vida de adolescente com a de ser um Homem-Aranha. Porém, tudo decaí por terra quando o vilão Jonathan Ohnn surge e abre barreiras entre vários multiversos, fazendo o primeiro se unir mais uma vez a Gwen Stacy e outras versões de Homens-Aranhas, para combaterem o mesmo.
Imagem: Sony Pictures (Divulgação)
Nos primeiros minutos de projeção, há uma ótima sequência detalhando ainda mais a história de Gwen Stacy e como ela se tornou a Mulher-Aranha, em seu universo. Só que a estética usada é totalmente diferente do que já estava sendo visto, ou seja, cada protagonista tem um traço diferente na animação. E não hesito em dizer que mesmo sendo breve, o arco consegue ser melhor que todos os últimos live-actions da Sony Pictures/Marvel, nos últimos anos.
Porém, nitidamente o roteiro de Phil Lord, Christopher Miller e Dave Callaham se inspirou fortemente no que foi visto em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (uma vez que o projeto tinha um roteiro raso, mas uma ótima execução). Sim, a produção consegue se sobrepor por conta da caracterização de personagens (apesar que alguns acabam sendo colocados em escanteio, em relação ao antecessor, uma vez que o foco agora se concentra totalmente em Miles e Gwen) e um enredo onde os fatos fazem sentido e casam (e não são meramente jogados, para depois serem explorados).
A parte engraçada da animação, é que a direção de Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson brinca com os fãs, e coloca várias referências a todo momento (nos fazendo brincar de encontrar as próprias, e não vou adentrar como elas estão, por conta de spoilers). Consequentemente, os espectadores se verão na obrigação de ver e rever ao próprio (com o intuito de achar mais daquelas, durante a exibição).
“Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” consegue divertir facilmente os fãs do personagens, e aqueles que estavam carentes de uma boa leva de ótimas animações.