Crítica - O Protetor: Capítulo Final - Engenharia do Cinema

publicado em:8/10/23 2:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

Apoio

Após dois filmes que juntos renderam mundialmente quase US$ 384 milhões, era óbvio que a Sony estaria disposta a fazer este terceiro longa com Denzel Washington (que é conhecido por não fazer continuações em sua extensa e respeitada carreira). “O Protetor: Capítulo Final” aparentemente desenvolve um clima de despedida para o personagem que aumentou ainda mais o brilho do citado nas telonas, não apenas ficando de vez como um nome no cinema de ação, como também um dos mais carismáticos nesta nova era.  

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Após se machucar em sua última missão, Robert McCall (Washington) vai parar em uma pequena cidade na Itália, pelo qual se transforma em seu novo lar e aos poucos começa a se familiarizar com todos no local. Mas quando ele começa a perceber as intromissões constantes da máfia local, ele vê que terá de executar seus dons em prol dos seus novos amigos. 

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Diferente dos dois primeiros, o cineasta Antoine Fuqua (que está em sua quinta colaboração com Washington) não hesita em mostrar cenas carregadas de violência, com bastante sangue (divergindo dos dois primeiros, e justificando a censura 18 anos por aqui) e dentro do contexto funciona (até como representatividade de como McCall pode ir ao extremo, para salvar quem ele se importa).

Embora Washington mais uma vez esteja a vontade no papel de protagonista (apesar de não ter várias cenas complexas de ação, devido ao fator idade), seu reencontro com Dakota Fanning soa apenas como uma válvula de marketing e chamariz para este terceiro episódio (porque sua personagem não foi inserida bem pelo roteiro, e se fosse descartada não teria feito diferença). Uma vez que muitos fãs do primeiro, já almejavam este reencontro dos dois nas telonas depois do ótimo “Chamas da Vingança“.

Mas em contraponto com este cenário, o roteirista Richard Wenk (que também escreveu os dois primeiros) gasta boa parte do primeiro e segundo ato, estabelecendo McCall neste novo cenário e indiretamente nos coloca mais próximos deste vilarejo e de cada uma destas pessoas (tanto que o coadjuvante pode ser definido como a próprio local, como um todo). Para quando estamos nos preparando pro arco final, estarmos na mesma mentalidade daquele.

Mesmo sendo o mais fraco da trilogia, “O Protetor: Capítulo Final” consegue fincar Denzel Washington como um dos fortes nomes do cinema até hoje. Seja para o drama, como também para a ação.   



A última modificação foi feita em:novembro 15th, 2023 as 14:12


Post Tags

Engenheiro de Computação, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


Comentários



Adicionar Comentário