Crítica | Blindado - Engenharia do Cinema

O astro Sylvester Stallone realmente não está em sua melhor fase no cinema, depois de ter deixado de lado as franquias “Creed”, “Rambo” e mais recentemente, “Os Mercenários” (cujo último foi uma vergonha). “Blindado” é um filme que tenta chegar a algum lugar, e termina sem sentido nenhum.
Por mais que perceptivelmente os roteiristas Cory Todd Hughes e Adrian Speckert parecem ter tomado aulas com Tommy Wiseau sobre como contar uma história. Inclusive, vale destacar que o diretor Justin Routt literalmente foi um “poste” e sequer estava nos sets de gravação, uma vez que o produtor Randall Emmett foi responsável pela função.
A história gira em torno de James (Jason Patric) e seu filho Patrick (Josh Wiggins), que trabalham em um carro-forte. Só que eles terão de enfrentar um grupo de criminosos liderados por Rook (Stallone), após eles o encurralaram em uma ponte.
Com uma atmosfera de telefilme, e apelando aos máximos clichês deste tipo de narrativa, é notório que a história até queria tentar criar alguma coisa relevante, ou até mesmo um suspense em torno de Rook e da relação conturbada de James e Patrick.
Porém, em momento algum criamos empatia por eles ou interesse pela trajetória ou motivações dos personagens. Inclusive, os desfecho para alguns desdobramentos parecem ter sido cortados na edição final ou sequer inseridos nas filmagens, tamanha desconexão com algumas decisões.
Um exemplo é os últimos 10 minutos não fazem sentido nenhum com o que havia sido mostrado, e alguns personagens sequer parecem ter o senso do comum.
“Blindado” termina como uma verdadeira aula de não produzir um filme, além de ser mais uma mancha na filmografia de Sylvester Stallone.
