Crítica | Nas Terras Perdidas - Engenharia do Cinema

publicado em:27/04/25 8:14 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Durante alguns anos, Hollywood tentou levar para as telonas o conto de George R.R. Martin (“Game of Thrones”), “Nas Terras Perdidas”. Nomes como Nicolas Cage, Keanu Reeves e Justin Chatwin (o Goku de “Dragonball Evolution”) estiveram cotados para interpretar o protagonista Boyce. Inclusive, este último quase assumiu a função quando o cineasta Constantin Werner estava cotado para a direção.

Porém, Werner reduziu sua participação apenas ao roteiro e à produção, passando o comando para o cineasta Paul W.S. Anderson, que, assim como em 90% dos seus projetos, chamou sua esposa Milla Jovovich para estrelar.

Como o próprio material promocional deixou claro, temos uma história que não se sustenta apenas em seu visual dark e CGI amador, e que nos brinda com performances que só conseguem ser melhores do que o recente “Branca de Neve e os Sete Anões”.

A história gira em torno do misterioso Boyce (Dave Bautista), que junta forças com a bruxa Gray Alys (Jovovich) em uma jornada por um poder que pode transformar uma pessoa em lobisomem.

Mesmo que a trama tenha seus próprios vilões, essa função acaba recaindo sobre os próprios Anderson e Werner. A partir do momento em que não existe uma justificativa plausível ou aproximação com os personagens, não há como se tirar algo positivo de “Nas Terras Perdidas”.

Parece que a dupla ficou decepcionada com Martin, por conta do desfecho de “Game of Thrones” ainda ser uma incógnita nos livros e horrendo nas telinhas, e resolveu se vingar com essa produção sem alma alguma.

Se a sequência de “Batalha dos Bastardos” custou US$ 10 milhões, só uma cena de ação entre Milla Jovovich, Dave Bautista e Arly Jover deve ter usado este montante para pagar o cachê deles e reservado 500 dólares para gravar em algum fundo de garagem, com uma edição feita em um aplicativo beta.

Isso sem falar que as atuações beiram a canastrice, e é perceptível que os atores estavam cientes de que o resultado final não sairia de uma forma satisfatória.

“Nas Terras Perdidas” é um misto de vergonha com uma possível vingança de fãs em relação a George R.R. Martin ter feito pouco caso do desfecho de “Game of Thrones”.



Engenheiro de Computação, Jornalista, Cineasta e Critico de Cinema, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.


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