Crítica - Reality Z - Engenharia do Cinema

publicado em:13/06/20 9:02 AM por: Gabriel Fernandes CríticasNetflixSériesTexto
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Quando foi anunciado de uma maneira um tanto que inesperada, o lançamento da série nacional “Reality Z” (em meados de abril), todo mundo pensou a mesma coisa “não exite época melhor para a plataforma ter lançado essa série” (afinal estávamos na época do pico da pandemia do COVID-19 e da final do último “Big Brother Brasil”). Inspirada na série britânica “Dead Set”, criada por Charlie Brooker (também responsável por “Black Mirror”), a produção teve uma repaginação nacional da dupla Cláudio Torres (“A Mulher Invisível”) e Rodrigo Montes, e pode ser considerada a primeira grande série sobre zumbis no Brasil.

Imagem: Netflix (Divulgação)

A história mostra um apocalipse zumbi tendo inicio durante a transmissão do famoso reality show brasileiro “Olimpos”, cujo set é localizado no Rio de Janeiro. Aos poucos todos descobrem que o único lugar seguro na cidade, é dentro do prédio do programa.

Imagem: Netflix (Divulgação)

Logo no primeiro episódio já é denotado o clima sarcástico criado por Torres e Montes. Nada é levado a sério, desde a participação especial da apresentadora Sabrina Sato, até alguns arcos englobando o avanço da pandemia zumbi. O humor é eminente e aos poucos começamos a se interessar pela trama. Só que como se tratamos de uma série com 10 episódios, quando chegamos aos seus 60% da conclusão, ela começa a demonstrar seus problemas graves.

A subtrama envolvendo a criadora do prédio “Olimpos” com seu filho, e um politico corrupto do Rio (não entendo essa tara da dramaturgia por políticos como antagonistas em produções nacionais, pois isso já saturou) e seus seguranças, junto a uma misteriosa militante, acaba tomando um espaço maior na narrativa. Não teria problemas se tudo ali não fosse usado para estragar o que já havia sido feito, até então. Temos várias atitudes sem sentido vindas de alguns deles, arcos repetidos com a sensação de “encher a linguiça” (toda morte ter o uso do slow-motion acaba sendo cansativo) e situações que beiravam ao ridículo.

“Reality Z” começou bem divertida e interessante, mas a medida que ele foi colocando mais obstáculos no caminho de seus protagonistas, passa a mostrar o seu real propósito: mais uma bagunça vergonhosa para o catalogo da Netflix.

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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