Crítica - A Prima Sofia - Engenharia do Cinema
Um dos maiores sucessos dos últimos dias na plataforma da Netflix, “A Prima Sofia” foi lançado no Festival de Cannes de 2019 e acabou sendo comprado pelo serviço para distribuição mundial. Apesar de ser um longa francês, que se passa justamente na cidade de Cannes, não hesito em dizer que estamos falando de mais outra bomba da Netflix.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Digamos que não há uma história concreta e ficamos esperando algo realmente relevante acontecer, durante seus 90 minutos de projeção. A premissa é sobre uma jovem chamada Naïma (Mina Farid), que recebe a visita de sua prima Sofia (Zahia Dehar). A medida que os dias passam, essa demonstra ser totalmente liberal ao sexo e na realização de luxurias, o que faz Naïma tentar se espelhar no estilo da parente.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Atire a primeira pedra quem nunca assistiu a um longa metragem com a mesma premissa. Com base no clássico “Lolita“, de Stanley Kubrick, a diretora Rebecca Zlotowski (que também assinou o roteiro) procura apresentar situações do cotidiano das duas garotas de uma forma onde não há interesse do espectador na história de ambas.
Com diversas cenas de nudez e insinuações de sexo, o filme se resume basicamente neste paradigma e não aprofunda em absolutamente nada. Fora isso somos brindados com situações banais e bastante desinteressantes, como é o arco do melhor amigo de Naïma, Dodo (Lakdhar Dridi).
No término de “A Prima Sofia” me peguei perguntando “porque diabos acabei de ver este filme?” de tão péssimo e banal que é este enredo. EVITE!
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.