Crítica - Missão Pijamas - Engenharia do Cinema
Voltado para o público infantil, a comédia de ação “Missão Pijamas” foi feito claramente com o único propósito de entreter crianças com menos de 15 anos e fãs do gênero de “Sessão da Tarde”. Confesso que pra conseguir ver este filme, tive de pensar como uma criança, pois o roteiro de Sarah Rothschild possui erros tão blasés, que chega a ser um insulto pra quem tem dois neurônios.
Imagem: Netflix (Divulgação)
A história gira em torno de Margot (Malin Akerman) e Glen (Ken Marino), um casal que é sequestrado por misteriosos bandidos, justamente em uma noite que seus filhos iriam festejar. Então estes resolvem partir em uma busca pelos dois e acabam descobrindo vários segredos obscuros da primeira.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O primeiro erro grotesco, é que logo quando a personagem de Margot é apanhada. Ela tira calmamente o colar do pescoço, anota uma mensagem na mesa de sua cozinha e é apunhalada pelos bandidos (e eles sequer param ou apagam o que ela fez, nitidamente, na frente deles). Por conta deste ato, toda a trama do longa metragem começa a andar. O problema neste arco se dá na direção de Trish Sie e do próprio roteiro (que não elaboraram melhor ou deixaram menos nítido isso).
Não vou entrar no mérito das outras questões, pois é um filme que repete estes erros grotescos em outras situações (parece que ninguém vê o que os protagonistas fazem) e somente se você for uma criança (às vezes não) para deixar passar tamanhos descuidos. As atuações não são tão boas também, e alguns atores apenas parecem estar lendo suas falas e não as vivenciando.
Não entrando no mérito da péssima qualidade de “Missão Pijamas”, temos aqui um filme feito especialmente para crianças e que certamente não irá funcionar para os adultos.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.