Crítica - Yes, God, Yes - Engenharia do Cinema
De vez em quando me deparo com alguns filmes que nunca ouvi falar e que acabam sendo interessantes e divertidos. É o caso desta comédia independente “Yes, God, Yes“, estrelada por Natalia Dyer (da série “Stranger Things“). Com uma trama que relembra um pouco a série “Sex Education”, ela mostra com naturalidade a descoberta da sexualidade por uma adolescente conservadora e tímida.
Imagem: RT Pictures (Divulgação)
A personagem de Dyer se chama Alice, e após começar a descobrir o próprio corpo aos poucos, acaba indo para um retiro religioso com o pessoal da sua escola, cujos padrões são os mais religiosos o possível.
Imagem: RT Pictures (Divulgação)
A diretora e roteirista Karen Maine demonstra enorme naturalidade em retratar a ascensão da sexualidade de Alice. Sem nada que chega a cair na pornochanchada ou até mesmo em situações explicitas, qualquer pessoa que já viveu a fase desta, conseguirá se identificar facilmente. Além de demonstrar uma enorme naturalidade no seu olhar e gestos, Dyer consegue ser o grande destaque da produção.
Mas o roteiro vai um pouco mais além, para explorar também como há hipocrisia do ser humano em diferentes casos, independente da índole e da religião e isso funciona. Tudo isso acaba sendo mérito da curta metragem (que são de apenas 74 minutos), pois eles não procuram enrolar demais e serem bastante sucintos nos assuntos. Afinal é um filme feito para uma geração que não consegue ficar muito tempo presa em uma trama, sem trocar por algum aparelho eletrotônico.
“Yes, God, Yes” é uma versão light e condensada da série “Sex Education“, que mostra o olhar e perspectiva da sexualidade no ponto de vista de uma adolescente.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.