Crítica - Os Novos Mutantes - Engenharia do Cinema

publicado em:23/10/20 3:18 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto
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Este é um dos filmes mais incertos e problemáticos desta década. Sendo adiado inúmeras vezes desde 2017 (sendo a última por conta da pandemia do coronavírus), o destino de “Os Novos Mutantes” era basicamente incerto. Porém após a compra da Fox pela Disney, os personagens apresentados aqui não serão mais usados em outras produções e esta tinha apenas uma missão: descobrir como lançar este filme o mais rápido o possível. Sendo assim, ele se tornou o titulo do estúdio para apoiar a reabertura das salas de cinema pelo mundo e finalmente todos puderam ver os motivos pelos quais demoraram tanto para lançar.

Imagem: 20th Century Studios/ Marvel/Walt Disney Pictures (Divulgação)

A história já começa com toques de mistério, mostrando a jovem Danielle Moonstar (Blu Hunt) tentando escapar de um misterioso caos com seu Pai. Após desmaiar na fuga, ela acaba acordando em um misterioso hospital psiquiátrico comandado pela Dra. Reyes (Alice Braga). No local ela descobre que possui habilidades mutantes em desenvolvimento e começará a manipula-las com um jovem grupo de pessoas como ela (que também não sabem como foram parar ali).

Imagem: 20th Century Studios/ Marvel/Walt Disney Pictures (Divulgação)

A primeira coisa que esperava ver neste filme era um roteiro batido, efeitos visuais péssimos e uma direção completamente desconexa com atuações medíocres. Felizmente estava completamente errado, pois “Os Novos Mutantes” é um longa prejudicado mais por vários conflitos de executivos, já que ele consegue ser bom em muitos quesitos. Com efeitos visuais muito bons (não vou me surpreender se for parar no Oscar da categoria), assim como a mixagem de som em alguns momentos (com direito há alguns breves scare-jumps), nota-se que é um filme pequeno, mas bem feito tecnicamente.

Porém o roteiro de Josh Boone (que também assina a direção) e Knate Lee opta por saídas fáceis e bastantes clichês do gênero. Temos a revoltada (Anya Taylor-Joy), o revoltado (Charlie Heaton), o brasileiro bobão e galã (Henry Zaga), e a adolescente extremamente tímida e em fase de puberdade (Maisie Williams). Todos eles possuem arcos previsíveis e pessimamente explorados, mas com boas atuações de seus interpretes. Porém nada se compara com a doutora vivida por Alice Braga, que é totalmente má escrita e executada pela atriz (não hesito em dizer, que é o pior papel da carreira dela).

Em um ano sem nada da Marvel nos cinemas, “Os Novos Mutantes” não é uma bomba como todos imaginam. Apesar de seus erros, ele consegue divertir se você procurar um divertimento sem muitas exigências.

Gabriel_Fernandes

Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



A última modificação foi feita em:dezembro 29th, 2020 as 21:24


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