Crítica - Cobra Kai (3ª temporada) - Engenharia do Cinema
Após ter se tornando um dos carros chefes da Netflix (devido a compra do Youtube), a série “Cobra Kai” teve sua terceira temporada lançada antecipadamente em pleno ano novo. Com 10 episódios, a facilidade de ver todos em uma única vez é novamente repetida, e nos sentimos mais próximos dos personagens devido a sensação de nostalgia com os outros longas da franquia “Karate Kid“, que ainda permanece.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Essa temporada começa no ponto onde a antecessora parou, com Miguel (Xolo Maridueña) em coma no hospital e Robby (Tanner Buchanan) fugindo da polícia. Enquanto isso, Johnny (William Zabka) e Daniel (Ralph Macchio) têm de arcar com as consequências da gigantesca briga na escola e encontrar Robby, que está desaparecido.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O principal fator que consegue captar nossa atenção neste novo ano é o fator da narrativa não se prender em ficar explicando tudo que já sabemos dos outros anos, ou seja, ela descarta às informações desnecessárias e já parte para o que está para acontecer. Personagens que não aparecem têm justificativas explanadas em rápidos diálogos (deixando claro que não há tempo para perder).
Os flashbacks dos longas clássicos ainda continuam (e são o ponto forte, pois servem para lembrarmos de personagens que são trazidos de volta), mas agora entendemos mais da conturbada história de John Kreese (Martin Kove) e o que o motivou a ter lutado no Vietnã. Realmente a temporada é dele, em grande parte.
Não vou adentrar muito em território de spoilers, mas garanto que as cenas de luta continuam muito bem filmadas e coreografadas (dando um baile em muito blockbuster de ação atual). Algumas são muito esperadas pelos fãs de “Karate Kid”, outras caem como uma “surpresa” (afinal, o grupo dos “Cobra Kai” está muito mais violento que antes).
A terceira temporada de “Cobra Kai” mostra que a série realmente ainda continua captando a essência original dos longas clássicos. Mas agora resta torcer para que os próximos anos (que começarão a ser feitos pela Netflix) continuem com a mesma qualidade.
Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.