Crítica - Missão Impossível: Efeito Fallout - Engenharia do Cinema

publicado em:22/01/21 3:00 PM por: Gabriel Fernandes CríticasTexto

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Atire a primeira pedra quem achava que a franquia “Missão Impossível” não tinha mais gás no cinema e que o seu sexto volume não teria o tanto de ação dos exemplares antecessores. Depois de quebrar o tornozelo em uma cena de ação (que está no filme e realmente vemos o quão profissional ele foi), o astro Tom Cruise, com seus 56 anos, mostra que ainda tem gás para sequências de ação que envolvem um salto de paraquedas na altura da órbita da Terra, pilotar helicópteros e, principalmente, correr e muito. Sim meus caros leitores, o novo exemplar das aventuras do agente Ethan Hunt não é só o mais divertido de todos, como o melhor filme de ação de 2018 (sim, bateu “Guerra Infinita” fácil). 

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

A história começa, basicamente, no mesmo arco onde havia terminado o quinto, com os fantasmas do vilão Solomon Lane (Sean Harris) ainda assombrando Ethan. Eis que sua nova missão é impedir que a organização, batizada de “Os Apóstolos”, consigam se apoderar de três compartimentos de plutônio, que serão usados para causar o caos mundial. Assim como nos longas antecessores da franquia, o que menos importa é a trama em si, pois o espectador está esperando as acrobacias de Cruise em si.

Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

O ator obviamente não desaponta (a todo momento é claro que ele realmente não usou dublês em nenhuma de suas cenas), mesmo com o roteiro de Christopher McQuarrie (que também volta a assinar a direção depois do quinto filme) apontando para um foco maior com o lado humano de Hunt. Vemos um agente que também possui seus lados humanos, pelo qual mantém uma preocupação constante com sua equipe e sua ex-esposa Julia (Michelle Monaghan). Desta vez o próprio espectador acaba adentrando nessa preocupação com aquele, pois a todo momento vemos que eles também podem vir a morrer a qualquer momento, logo, os papéis de Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Ferguson e Alec Baldwin acabam tendo, pelo menos, seus “cinco minutos de fama” entre os arcos apresentados.

O mesmo pode-se dizer do novato, interpretado por Henry Cavill (cujo bigode de ator pornô dos anos 70 é inconfundível), pois ele desencanou completamente do seu estilo de Superman e apresentou uma atuação contingente com que fora proposto e acabou sendo um ótimo contraponto com Tom Cruise. Não exito em falar aqui que o vilão, interpretado por Sean Harris, conseguiu ser o melhor da franquia, pois é deliberadamente o que mais mexeu com o psicológico do protagonista durante quase toda sua missão.

Partindo para a direção de McQuarrie, o cara realmente sabe como fazer sequências de ação de qualidade. A cena do salto de paraquedas, vista no material promocional, não há um take se quer! Tudo ali foi filmado em tempo real e ficou realmente incrível e o mesmo pode-se dizer do que engloba o real acidente de Cruise. Por mais triste que possa ter sido o mesmo, nada deixou de se abalar ou estragar graças ao enorme profissionalismo envolvido por todos ali. 

Missão Impossível: Efeito Fallout” mostrou que a franquia, protagonizada por Cruise, ainda tem mais gás para outros filmes, aos quais o sétimo iremos assistir ainda neste ano!   

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Gabriel Fernandes: Engenheiro de Computação, Cineasta, Crítico de Cinema e agora Radialista na Rádio RVD, resolveu compartilhar seu conhecimento sobre cinema com todos aqueles que apreciam essa sétima arte.



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